O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rejeitou neste sábado (22) o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para concessão de prisão domiciliar humanitária e autorização de novas visitas. A solicitação havia sido feita na sexta-feira (21), sob alegação de que Bolsonaro sofre de doenças permanentes que exigem acompanhamento médico intenso.
A decisão ocorre após Moraes decretar prisão preventiva do ex-presidente, que estava em prisão domiciliar desde agosto, condenado a 27 anos e três meses de prisão no processo do Núcleo 1 da trama golpista. Segundo o ministro, a convocação de uma vigília nas proximidades da residência de Bolsonaro poderia causar tumulto e facilitar “eventual tentativa de fuga do réu”. Além disso, foi registrada violação da tornozeleira eletrônica na madrugada deste sábado.
Moraes determinou que todas as visitas sejam previamente autorizadas pelo STF, exceto advogados e equipe médica, e agendou para este domingo (23) a audiência de custódia, por videoconferência, na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. A defesa informou que irá recorrer da decisão para evitar que Bolsonaro seja transferido para o presídio da Papuda, em Brasília.

