Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria para liberar a realização da Copa América no país. A maioria dos ministros do STF votou a favor da manutenção do torneio, que foi rejeitado por Argentina e Colômbia e se tornou alvo de críticas por conta do descontrole da pandemia de Covid-19 no país: Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello, Edson Fachin, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
Os votos dizem respeito a dois pedidos que têm Cármen Lúcia como relatora, colocados na pauta pelo PSB e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), que pediam a suspensão da competição. Com a decisão, a Copa América está confirmada para começar no próximo domingo, em Brasília, com o jogo entre Brasil x Venezuela.
No pedido feito pelo PT, que tinha Lewandowski como relator, seis ministros votaram a favor da rejeição integral do pedido. Em sua proposta, o ministro condicionou a realização do torneio à apresentação de estratégias para evitar a disseminação do novo coronavírus como consequência dos jogos.
Discordando do relator, o ministro Marco Aurélio argumentou que o STF não pode substituir o Poder Executivo e exercer crivo sobre uma decisão estritamente administrativa, como é o caso da realização do evento. Ao longo dos últimos dias, a edição de 2021 da competição sul-americana também foi tema de um manifesto publicado pelos jogadores da seleção brasileira que, apesar de não especificarem razões, não citarem a pandemia e confirmarem a participação deles como representantes do Brasil, se colocam contra a organização da Conmebol.