Saúde
Bahia amplia rede de atenção indígena com a construção de 38 novas UBSI
As Unidades Básicas de Saúde Indígena beneficiarão diretamente 25,5 mil indígenas de 13 etnias, em 17 municípios

Com a segunda maior população indígena do país, a Bahia dá um passo histórico para fortalecer o cuidado com os povos originários: serão construídas 38 Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI), beneficiando diretamente 25,5 mil indígenas de 13 etnias, em 17 municípios. O aporte de R$ 114 milhões integra o Programa de Fortalecimento do SUS (ProSUS 2), que é um investimento proveniente do empréstimo de US$ 187,5 milhões do Governo do Estado junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), aprovado pelos deputados estaduais em prol da saúde baiana.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (25), em Banzaê, pelo governador Jerônimo Rodrigues, que esteve acompanhado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pela secretária estadual da Saúde, Roberta Santana, durante assinatura do Termo de Cooperação para a construção das unidades. “Queremos garantir que nenhum parente nosso sofra ou perca a vida por falta de assistência. Esse é um compromisso com a dignidade dos povos indígenas”, afirmou o governador Jerônimo, ao pontuar ainda que as UBSI serão implantadas em áreas com vazio assistencial.
As unidades contarão com consultórios, farmácias, serviços odontológicos, salas de vacina e espaços para atividades de agentes comunitários, respeitando os costumes e a organização de cada povo. “Investir em atenção primária é salvar vidas antes da emergência. E para o povo indígena, isso precisa acontecer com respeito a sua cultura, sua medicina e ao seu território”, destacou a secretária Roberta Santana.
Já o ministro Alexandre Padilha ressaltou, durante discurso, mais investimentos na saúde para a Bahia. “Vamos anunciar amanhã duas grandes ações importantes para a saúde da Bahia. Primeiro, a cada policlínica que funcionar aos domingos, o Ministério da Saúde vai repassar recursos para que o Governo do Estado possa contratar exames e diagnósticos. Segundo, também vamos anunciar o maior investimento da história na Bahiafarma. Esse investimento vai fortalecer, ampliar e equipar a instituição, para que ela se torne a maior produtora de medicamentos do Nordeste”, falou Padilha.
Além do termo de cooperação, o governador autorizou a licitação para construção de três UBSIs nas aldeias Kiriri de Marcação, Mirandela e Pau Ferro, todas em Banzaê, totalizando R$ 9 milhões em investimentos, e lançou a consulta pública para edificar uma quarta unidade, na aldeia Tuxá. Totalizando o aporte do Governo do Estado em Banzaê em R$ 11 milhões só em novas UBSIs.
De acordo com a superintendente de políticas para os Povos Indígenas, Patrícia Pataxó, “nós temos duas etnias aqui no município, e a feira está aberta para todos os povos indígenas, para serem atendidos com diversos serviços de saúde, o que é importante, porque muitas vezes nossos povos não saem das suas comunidades, da zona rural, para ter acesso a exames. Mas, além da feira, um conjunto de ações que visam melhorar o atendimento à saúde dos povos indígenas”.
Feira de Saúde e reforço vacinal
Durante a agenda, foi lançada a edição 2025 do Mês da Vacinação dos Povos Indígenas (MVPI). A campanha ocorre nos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) do país e busca ampliar a cobertura vacinal de doses como hepatite A e B, tríplice viral, meningocócica C, influenza e covid-19. Serão vacinados adultos até 59 anos; bebês e crianças de 0 a 9 anos; adolescentes de 10 a 19 anos; gestantes e idosos; além da aplicação das doses de covid-19 e influenza em indígenas a partir de seis meses de idade.
Em paralelo, a Feira Saúde Mais Perto realizada na Aldeia Cajazeiras, oferece até sábado (26) 4.340 atendimentos, com serviços como ultrassonografia, eletrocardiograma, mamografia, exames laboratoriais, preventivos, consultas odontológicas e emissão da Carteira de Identidade Nacional.
“Essa ação do Saúde Mais Perto, nos engrandece. Em vez de você ir até um hospital, um posto de saúde, a ação vem até as comunidades, nas aldeias. E eu, enquanto povo Kiriri, cacique, vejo que é uma ação que não só vem para as comunidades indígenas, mas para atender a região Nordeste 2, onde as famílias têm todo um atendimento diversificado”, acrescentou o cacique Manoel Kiriri.
Mais estrutura e equipamentos para o município
O Governo do Estado também entregou em Banzaê uma nova ambulância, uma van para Tratamento Fora do Domicílio (TFD), dois kits odontológicos e sete kits UBS, somando R$ 733 mil. Outro destaque foi a entrega da reforma do Centro de Saúde Nossa Senhora da Conceição, que foi totalmente requalificado com R$ 2,7 milhões em obras e novos equipamentos, como raio-x e eletrocardiógrafos. A Unidade conta ainda com o reforço de médicos cubanos do programa “Mais Médicos”.
A agenda ainda contou com a 1ª Conferência Livre de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador Indígena da Bahia, reunindo presencial e virtualmente profissionais de saúde de diversas etnias para debater direitos, condições de trabalho e valorização do cuidado em territórios indígenas.
Saúde
Agosto Dourado mobiliza ações na Maternidade Regional de Camaçari
A iniciativa reforça a importância do aleitamento materno com uma série de atividades voltadas para gestantes, puérperas e profissionais da saúde

Com o objetivo de promover a conscientização sobre a importância do aleitamento materno, a Maternidade Regional de Camaçari (MRC), unidade da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) gerida pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS), realiza ao longo de agosto uma série de atividades voltadas para gestantes, puérperas e profissionais da saúde.
A programação inclui rodas de conversa nas salas de espera do ambulatório e da emergência, ações de incentivo à amamentação nas enfermarias e um treinamento voltado à doação de leite humano, com foco no preparo técnico da equipe multiprofissional da unidade, conduzido por Laís Nascimento, coordenadora do Banco de Leite da Maternidade Professor José Maria de Magalhães Netto (MJM), membro da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano/Fiocruz.
Lais abordou desde os aspectos nutricionais do leite materno até orientações práticas sobre o manejo da doação de leite humano. “Estar com profissionais que estão diretamente ligados à atuação com mães e bebês é sempre uma oportunidade de reafirmar o meu próprio compromisso com a promoção e proteção da amamentação. É uma forma de levar a outras pessoas o que acredito e ser agentes transformadores na vida de mães e bebês na condução da amamentação, que pode ser tão desafiadora. Tenho certeza de que essa parceria só fortalece o SUS e aqueles que necessitam da nossa assistência”.
Para Luiza Souza, coordenadora de Educação Permanente da MRC, as ações do Agosto Dourado cumprem um papel central de educação em saúde. “Essa campanha é fundamental porque traz informação de qualidade tanto para usuários quanto para os profissionais da unidade. Falar sobre aleitamento é também desmistificar ideias como a de que leite fraco existe ou de que mamas pequenas produzem menos leite. Precisamos reforçar que o leite materno é o alimento mais completo para o bebê, contribuindo para o desenvolvimento saudável e a prevenção de doenças”, destacou.
As puérperas que participam das rodas de conversas também destacam a importância das orientações. Mirele Correia, 27 anos, autônoma, mãe de Sophia, sua segunda filha, relata que ainda carrega dúvidas mesmo sendo uma mãe experiente. “Achei a iniciativa muito interessante. São muitas dúvidas que surgem, mesmo estando na minha segunda filha. Eu achava, por exemplo, que empedrar o leite acumulado era um mito, mas agora pude entender como e por que isso acontece”, contou.
Referência
Com uma estrutura moderna e atendimento 100% via Sistema Único de Saúde (SUS), a MRC dispõe de 107 leitos que atendem a diferentes necessidades, desde partos de risco habitual até os de alto risco. São 56 leitos de obstetrícia, 8 para gestação de alto risco e outros destinados à neonatologia, cirurgia ginecológica e plástica, além de leitos de UTI neonatal e unidades de cuidados intermediários (UCI), incluindo o modelo Canguru, que favorece o contato entre mãe e bebê, fortalecendo o vínculo afetivo e o desenvolvimento dos recém-nascidos.
Saúde
Ministério da Saúde passa a destinar recursos fixos ao Hospital Ortopédico
Com repasse feito por meio do Programa Agora Tem Especialistas, amplia acesso à saúde na Bahia e reduz tempo de espera no SUS

O Ministério da Saúde apresentou, nesta sexta-feira (1), o balanço das ações do Programa Agora Tem Especialistas e anunciou novas habilitações de serviços de saúde na Bahia. Durante evento, realizado no Hospital Ortopédico do Estado da Bahia (Hoeb), em Salvador, foi oficializada a habilitação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o financiamento do serviço de transplante de tecido musculoesquelético, consolidando a unidade como um dos maiores centros de ortopedia do país e ampliando o acesso da população baiana à alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a nova habilitação, o governo federal passa a destinar recursos federais fixos para custear os leitos de UTI já em funcionamento no hospital. A medida garantirá um repasse anual superior a R$ 3,9 milhões.
O reconhecimento federal foi publicado no Diário Oficial da União no último dia 30 de julho e inclui procedimentos de alta complexidade, como o transplante osteocondral — já realizado com sucesso na unidade em julho deste ano, em um paciente vítima de acidente de moto. O procedimento substitui cartilagem danificada por enxerto de osso e cartilagem de doador, oferecendo maior recuperação funcional em casos graves. O evento contou com a presença da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, e da diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e Urgência do Ministério da Saúde, Aline Costa, que representou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Diante do avanço positivo, a secretária Roberta Santana celebrou o anúncio como uma conquista histórica. “É o reconhecimento da qualidade técnica do nosso hospital e da política pública que temos desenvolvido na Bahia. A habilitação desses serviços representa mais acesso e mais qualidade para quem depende do SUS”, afirmou.
De acordo com Aline Costa, “aqui na Bahia, existe um importante processo de organização do cuidado, que abrange desde as consultas especializadas até os procedimentos cirúrgicos. O estado está entre os cinco primeiros do país no ranking de cirurgias eletivas, que vão desde oftalmologia até cirurgias voltadas para a saúde da mulher, por exemplo. A Bahia tem investido na criação de novas unidades e várias regiões de saúde vêm ampliando o número de cirurgias realizadas. Só em 2024, houve um aumento de 20% na produção dessas cirurgias — ou seja, se antes eram feitas 10 mil, passaram a ser realizadas 12 mil. Os municípios com maior volume de cirurgias foram Salvador e Feira de Santana. Em termos per capita, Feira de Santana realizou mais cirurgias do que Salvador, especialmente no âmbito do Programa Nacional de Redução de Filas.”
Hospital Ortopédico
Desde sua inauguração, em março de 2024, o Hoeb já ultrapassou a marca de 160 mil atendimentos, entre cirurgias, consultas e sessões de reabilitação. Somente entre janeiro e junho deste ano, foram registrados 6.586 procedimentos cirúrgicos, 67.918 atendimentos ambulatoriais, 31.319 atendimentos em reabilitação e mais de 22 mil exames de imagem. O hospital realiza atualmente cerca de 1.300 cirurgias por mês, incluindo duas cirurgias de escoliose por semana.
Programa Federal
Criado pelo Governo Federal por meio do Ministério da Saúde, o Agora Tem Especialistas é uma estratégia nacional para enfrentar um dos maiores desafios do SUS: a demora no acesso a atendimentos especializados. Na Bahia, as ações do programa têm proporcionado um impacto direto na vida da população. Com isso, milhares de pessoas têm acesso mais rápido a diagnósticos e tratamentos que antes levavam meses para serem realizados.
Durante o evento, foram destacadas as medidas que têm promovido maior agilidade e eficiência no atendimento. As unidades móveis de saúde, por exemplo, têm levado serviços especializados a regiões mais remotas, enquanto a Telessaúde tem facilitado o encaminhamento e o acompanhamento de pacientes por meio da tecnologia. Com a nova rodada de habilitações, a expectativa é de que mais unidades na Bahia sejam contempladas pelo programa, consolidando o estado como referência na oferta de especialidades médicas pelo SUS.
Saúde
Lola completa um ano de atuação no Hospital Ortopédico do Estado da Bahia
A “cão terapeuta” realiza visitas quinzenais aos pacientes internados, contribuindo para seu bem-estar físico, emocional e psicológico

A golden retriever Lola completou um ano de atuação no Hospital Ortopédico do Estado da Bahia (HOEB), unidade pública administrada pelo Einstein Hospital Israelita. A “cão terapeuta”, que promove na unidade a Terapia Assistida por Animais (TAA), recebeu um diploma de honra ao mérito e uma placa comemorativa em reconhecimento ao seu primeiro ano de serviços na instituição.
Aos nove anos, Lola realiza visitas quinzenais aos pacientes internados, especialmente no setor de Pediatria, contribuindo para seu bem-estar físico, emocional e psicológico. A presença da mascote terapêutica costuma arrancar sorrisos e despertar reações emocionantes. Um dos pacientes, de apenas nove anos, que se recupera de uma cirurgia no pé, não conteve a alegria ao reencontrar a cadela: “Ela é linda demais! Gosta de brincar, deixa a gente fazer carinho”, contou o garoto.
Antes de iniciar o trabalho como “cão terapeuta”, Lola passou por um rigoroso processo de socialização e treinamento para lidar com diferentes estímulos, além de cumprir todos os requisitos de saúde: vacinas atualizadas, exames regulares e higiene reforçada a cada visita.
Para o diretor do Ortopédico, Roger Monteiro, a atuação da golden retriever tem impacto na recuperação dos pacientes. “Lola não é apenas uma mascote, ela é parte da nossa equipe de cuidado. O contato com ela proporciona conforto, reduz a ansiedade e melhora o estado emocional dos pacientes, especialmente das crianças. Celebrar esse primeiro ano é reconhecer o valor da humanização no ambiente hospitalar”, destacou.
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