SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS
Anúncios

Cultura

Arlindo Cruz, referência na música brasileira, morre aos 66 anos

O artista era uma voz marcante no carnaval do Rio de Janeiro e figura querida nas quadras de escolas de samba, como o Império Serrano

Publicado

em

o Brasil se despede de um de seus maiores talentos musicais - o multi-instrumentista, compositor e ícone do samba, Arlindo Cruz.
Foto: Reprodução Instagram

Nesta sexta-feira (8), o Brasil se despede de um de seus maiores talentos musicais – o multi-instrumentista, compositor e ícone do samba, Arlindo Cruz. Com a saúde debilitada desde 2017, quando sofreu um grave Acidente Vascular Cerebral (AVC), Arlindo Cruz morreu aos 66 anos.  

Em comunicado publicado nas redes sociais, a família informou a morte e agradeceu as mensagens de amor, apoio e carinho que receberam nos últimos anos, e em especial agora na hora da partida. “Arlindo parte deixando um legado imenso para a cultura brasileira e um exemplo de força, humildade e paixão pela arte. Que sua música continue ecoando e inspirando as próximas gerações, como sempre foi seu desejo”, diz a nota. Arlindo deixa a esposa, Bárbara, e os filhos Arlindinho e Flora. 

Trajetória  

Nascido em 14 de setembro de 1956, em Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, Arlindo Domingos da Cruz Filho cresceu embalado pelo batuque das rodas de samba. Aos 7 anos de idade, ganhou seu primeiro cavaquinho. Ainda muito jovem, começou a trabalhar como músico, ao lado de grandes artistas, como Candeia. Mais tarde foi para a Escola Preparatória de Cadetes do Ar, mas sem jamais abandonar a música. Em participação no programa Sem Censura, da TV Brasil, ele contou da herança musical que recebeu dentro de casa, por influência do seu pai Arlindão Cruz, que tocava cavaquinho, e a mãe Aracy, que tocava bateria e cantava. 

Autor de mais de 700 músicas, Arlindo Cruz escrevia com o coração e a alma. Suas letras entoavam o amor, a fé e a luta, traduzindo o cotidiano de milhares de brasileiros. Entre os maiores sucessos estão O Show Tem que ContinuarMeu Lugar Bagaço de Laranja.

Arlindo também era uma voz marcante no carnaval do Rio de Janeiro e figura querida nas quadras de escolas de samba, como o Império Serrano. Defensor fervoroso da cultura popular, foi torcedor apaixonado do Flamengo.

ANÚNCIO
Anúncios

Fiel à sua religião, o candomblé, e aos Orixás, lutava contra a intolerância.

Fonte: Agência Brasil
Continue Lendo
ANÚNCIO
Anúncios
Clique para comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Agronegócio

Abapa comemora 25 anos de fortalecimento da cotonicultura no estado

A produção de algodão tem papel estratégico para a economia baiana, especialmente nas regiões Oeste e Sudoeste

Publicado

em

O governador Jerônimo Rodrigues participou do evento comemorativo pelos 25 anos da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), nesta sexta-feira (15), em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste baiano. Fundada em 2000, a entidade se consolidou como referência na representatividade e no fortalecimento da cotonicultura no estado, atuando em toda a cadeia produtiva, desde a pesquisa científica até a comercialização da fibra, e contribuindo para o cumprimento da legislação ambiental e trabalhista no setor.

A produção de algodão tem papel estratégico para a economia baiana, especialmente nas regiões Oeste e Sudoeste, onde se concentram as lavouras. O setor gera milhares de empregos diretos e indiretos, movimenta cadeias logísticas e industriais e contribui para a balança comercial do estado com exportações de alta qualidade. O reconhecimento da pluma baiana no mercado internacional reforça a competitividade e a sustentabilidade da cotonicultura no cenário global.

Durante a celebração, foram destacadas as conquistas da Abapa ao longo de sua trajetória e a sua contribuição para o fortalecimento do agronegócio baiano. Atualmente, a Bahia é a segunda maior produtora nacional de algodão, com produção estimada em 1,78 milhão de toneladas em 2025, podendo chegar a 1,95 milhão de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em uma área cultivada de até 408 mil hectares.

“O algodão baiano é um exemplo de organização, produtividade e compromisso com a qualidade. Nosso governo tem trabalhado para criar condições que permitam que o setor continue crescendo, gerando empregos e fortalecendo a economia do estado”, destacou o governador.

A presidente da Abapa, Alessandra Zanotto, ressaltou a importância da sintonia entre o poder público e os produtores rurais. “O diálogo aberto e a boa relação com o governo são essenciais para que possamos avançar em políticas públicas, infraestrutura e ações de fomento, garantindo que a cotonicultura baiana continue se destacando no cenário nacional e internacional”, afirmou.

ANÚNCIO
Anúncios
Continue Lendo

Cultura

Festa da Irmandade da Boa Morte movimenta Cachoeira até domingo (17)

O principal papel da entidade religiosa foi garantir uma partida digna às pessoas vulneráveis e fazer ressoar a mensagem de liberdade

Publicado

em

Fotos: Wuiga Rubini/GOVBA

Há mais de 200 anos a ancestralidade pede licença a cada mês de agosto em Cachoeira, quando se iniciam as festividades em celebração a Nossa Senhora da Boa Morte na Bahia. Nesta sexta-feira (15), a primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, a primeira-dama da Bahia, Tatiana Velloso, ministras e secretários de Estado estiveram na sede da Irmandade da Boa Morte, na cidade do Recôncavo Baiano, onde acontecem os festejos desde 1820, para entregas e anúncios para a cultura popular, para os povos de terreiro e para a promoção da igualdade racial.

Primeiras-damas, Janja Silva e Tatiana Velloso, além das ministras Margareth Menezes, Anielle Franco e outras autoridades marcaram presença nas celebrações

“A Festa da Boa Morte tem uma importância muito grande por tudo que já entregou para a sociedade brasileira, resgatando a história, em outros tempos comprando a liberdade de pessoas escravizadas. É uma história muito comovente. É uma comunidade de mulheres, um movimento de mulheres defendendo a liberdade, defendendo os direitos humanos”, disse a ministra da cultura Margareth Menezes, presente na cerimônia.

Antes do tradicional cortejo com 48 mulheres da irmandade cachoeirana, foi realizada a entrega do Prêmio do Ministério da Cultura para dona Dalva, sambista tradicional de Cachoeira. Na ocasião, foram anunciadas as obras pelo PAC Cidades para a casa de Samba da Dona Dalva e para o Terreiro Ilê Axé Icimimó. Dona Dalva também foi apresentada como a provedora da Festa da Boa Morte de 2026. Ainda foi entregue ao terreiro uma placa de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Entre os anúncios para Cachoeira, estão a adesão do município à política de Povos de Terreiro do Governo Federal e ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR). Outras 12 prefeituras, além da de Cachoeira, entraram no sistema nacional. A prefeita cachoeirana, Eliana Gonzaga, representou os municípios. “É uma alegria estar representando aqui os municípios da Bahia e assumindo essa responsabilidade de combater o racismo, não só em Cachoeira, mas em todo o país”, disse.

Na Igreja da Matriz de Cachoeira as autoridades participaram da missa solene. A primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, e as ministras foram homenageadas pela Irmandade da Boa Morte pela contribuição com políticas de valorização da cultura. Para o secretário da Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, a festa é uma tradição bicentenária de fé, de resistência e de preservação da memória cultural. “O Governo do Estado reconhece essa festa como patrimônio imaterial da Bahia desde 2010 e, com muito respeito, nós construímos a cada ano em diálogo com as irmãs da Boa Morte. A nossa participação e o nosso apoio acontecem com um diálogo muito respeitoso às nossas senhoras, que representam gerações de mulheres negras que, desde a escravização, lutam pela liberdade”, enfatizou.

Políticas federais

À frente da festa religiosa, a Irmandade da Boa Morte também recebeu o título de Promotora da Igualdade Racial pelo Governo Federal. A tradição afro-católica, conduzida exclusivamente por mulheres negras, foi criada no século XVII em Salvador e transferida para a Cachoeira em meio a conflitos que marcaram a capital baiana. Segundo a provedora da festa deste ano, Irmã Neci Santos Leite, há 17 anos na Irmandade, o principal papel da entidade religiosa foi garantir uma partida digna às pessoas vulneráveis e fazer ressoar a mensagem de liberdade.

ANÚNCIO
Anúncios

“É o nosso reconhecimento de uma alforria. Isso foi uma busca, uma luta nossa ao longo dos séculos e começou com nossos ancestrais escravizados. Pessoas escravizadas não tinham direito a uma morte digna, eram jogadas em uma vala, de qualquer jeito, para os bichos destruírem. Então, nossa busca foi sempre por dignidade e por liberdade”, contou Irmã Neci, que ocupa com outras integrantes, anualmente, os cargos de provedora, procuradora, tesoureira e escrivã, responsáveis pela organização dos rituais e atividades culturais.

Sobre a festa

A Festa da Boa Morte começou na última quarta-feira (13) e vai até o domingo (17), com manifestações culturais, sambas de roda, missas, procissões e espaço dedicados ao empreendedorismo negro na cidade de Cachoeira.

Continue Lendo

Cultura

Fligê transforma Mucugê em capital literária da Chapada

Com o tema “Rios e Matas da Narrativa”, a 8ª edição da feira reúne arte, educação e cidadania

Publicado

em

respira e vive literatura, durante a abertura oficial, nesta quinta-feira (14), da 8ª Edição da Feira Literária - a Fligê.
Foto: Matheus Landim/GOVBA

Mucugê, na Chapada Diamantina, respira e vive literatura, durante a abertura oficial, nesta quinta-feira (14), da 8ª Edição da Feira Literária – a Fligê. Com o tema “Literatura: Rios e Matas da Narrativa”, o evento, que é totalmente gratuito, promete reunir até domingo (17) um público diverso para celebrar a literatura e outras manifestações artísticas. O governador Jerônimo Rodrigues participou deste momento e destacou o investimento de R$ 2,5 milhões do Estado, para a organização e estrutura da feira.

“Eu tive condição de participar no ano de 2019 como secretário de Educação, e hoje volto como governador para referendar, não só com apoio financeiro, mas para referendar a presença de um governador, professor, que valoriza as festas e as feiras literárias como elemento importante para estimular a escrita e a leitura”, afirmou Jerônimo.

A feira já se consolidou como um dos principais eventos culturais da Bahia, reunindo autores, leitores, artistas e interessados em um diálogo intenso sobre literatura. Segundo a curadora da Fligê, Ester Figueiredo, o tema deste ano foi escolhido para provocar reflexões sobre o papel da natureza na narrativa literária e na preservação cultural.

“Esse tema dialoga com diferentes linguagens, além da literatura, o cinema, a música, o teatro. Ele está centrado na natureza, dentro da perspectiva literária. A Fligê é mais do que uma feira, é um encontro que deixa marcas na cidade e nas pessoas”, afirmou ela, destacando as expectativas positivas para os próximos dias de programação, que inclui mesas literárias, lançamentos de livros, expografias, atividades infantis na Fligêzinha, exibições no Fligêcine, grandes atrações musicais e espetáculos teatrais, além do Espaço Bahia Presente, onde vários órgãos e secretarias do estado apresentam projetos e ações executados em prol da educação e cidadania.

A secretária da Educação, Rowenna Brito, também esteve presente e sublinhou a importância da Fligê para a promoção da cultura e da literatura no interior da Bahia. Ela lembrou que eventos desse porte fortalecem a identidade cultural e ampliam o acesso à leitura para públicos que muitas vezes não têm contato com grandes iniciativas do gênero.

ANÚNCIO
Anúncios

“É uma alegria a gente estar em Mucugê, na abertura da 8ª Feira Literária, uma agenda que é central para o Governo do Estado, mas além da abertura da feira, a gente também inaugurou uma escola de tempo integral. É a educação participando ativa e intensamente dessa feira literária”, disse.

Já o secretário da Cultura, Bruno Monteiro, enfatizou que o projeto Bahia Literária, que busca apoiar feiras, como a Fligê, é fundamental para fomentar a cultura nos municípios. “A Fligê é uma das feiras literárias mais tradicionais da Bahia, com uma repercussão nacional e internacional, e vem para reafirmar a importância desses eventos na formação de novos públicos leitores, no envolvimento da sociedade como um todo, em torno das políticas do livro, da leitura, da literatura”, indicou Bruno.

Moradores de Mucugê também celebraram o evento

“É um evento muito bom para a cidade e adoro participar, eu tentei vir a todas as oficinas. Gosto muito de estar incluso nesses eventos”, afirmou o estudante Rafael Matos, de 17 anos e que mora na cidade.

“Ver as escolas participando inteiramente. A Fligê completamente direcionada para os alunos, as crianças, os adolescentes, os pré-adolescentes e os jovens. Eu acho isso de um valor incrível. Por isso que eu gosto da Fligê”, relatou a professora e escritora Helena Medrado.

Além de enriquecer a vida cultural da cidade, a feira também traz impactos positivos para a economia, com o aquecimento do turismo. “Elas também são eventos turísticos muito importantes, porque incrementam o fluxo turístico, aumentando a ocupação dos equipamentos e movimentam a economia da localidade. E é isso que a gente assiste aqui em Mucugê, onde a Fligê já faz parte do calendário turístico do município”, pontuou o secretário do Turismo, Maurício Bacelar.

ANÚNCIO
Anúncios
Continue Lendo

Mais Lidas