Na manhã desta quarta-feira (19), a Força-Tarefa de combate à sonegação fiscal na Bahia deflagrou a Operação Eidolon em Barreiras, visando um grupo empresarial do setor varejista suspeito de sonegar mais de R$ 13 milhões em impostos estaduais. A ação cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do contador apontado como responsável pelas fraudes.

Segundo apuração da Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa da Secretaria da Fazenda (Infip/Sefaz), do Ministério Público da Bahia (MPBA) e da Polícia Civil, o grupo teria omitido vendas e utilizado créditos fiscais indevidos por meio de notas fiscais fraudulentas, envolvendo contribuintes de outros estados não cadastrados na Sefaz. Há indícios de tentativa de obstrução das investigações por parte da assessoria contábil da empresa.

A Força-Tarefa informou que intensificará, neste fim de ano, operações contra fraudes tributárias e práticas como declarar débitos de ICMS sem repassar o imposto, conduta que configura crime contra a ordem tributária. Segundo os órgãos, tais práticas prejudicam a coletividade, pois os valores pagos pelos consumidores deixam de chegar aos cofres públicos, comprometendo políticas e serviços essenciais.

A operação contou com dois promotores de Justiça, três delegados, dez policiais do Núcleo Especializado no Combate aos Crimes Econômicos e contra a Ordem Tributária (Neccot/Draco-LD), além de servidores do Fisco Estadual e do MPBA. A Força-Tarefa é composta pelo Gaesf/MPBA, Infip/Sefaz e Necot/Draco da Polícia Civil.

O Governo da Bahia realizou, nesta terça-feira (18), o Dia D da Operação Ressonância, com a entrega simbólica de 52 veículos recuperados – 38 motocicletas e 14 automóveis – aos seus legítimos proprietários. Os bens haviam sido roubados, furtados, clonados ou adulterados. A cerimônia contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, do vice-governador Geraldo Júnior, do secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, e outras autoridades. 

Deflagrada em 28 de outubro, a operação é coordenada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) e envolve Polícia Militar, Polícia Civil, Departamento de Polícia Técnica (DPT) e Detran-BA, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Senatran. O objetivo é combater receptação, roubo, furto e adulteração de sinais identificadores, além do uso de veículos por organizações criminosas. 

Entre janeiro e outubro, mais de 5,4 mil veículos foram recuperados na Bahia. A Ressonância já contabiliza 228 veículos apreendidos, 145 restituídos, 21 prisões e 80 casos de adulteração confirmados. “Esta é uma ação baseada em inteligência, tecnologia e integração. A devolução desses veículos representa não apenas a recuperação de patrimônios, mas também o enfraquecimento das organizações criminosas”, afirmou o governador Jerônimo Rodrigues. 

O secretário Marcelo Werner destacou que a operação inaugura uma nova fase no combate às fraudes veiculares. “Há três anos consecutivos reduzimos os crimes patrimoniais violentos no estado”, disse. A iniciativa também reforça a cooperação entre forças estaduais e federais, com fiscalização ampliada nas rodovias e emissão de laudos periciais pelo DPT. 

A Operação Ressonância segue em andamento, com novas fases previstas para os próximos meses. 

A Polícia Federal passou a contar, desde quinta-feira (13), com um scanner corporal portátil para intensificar o combate ao tráfico internacional de drogas por via aérea. O equipamento, doado pelo Serviço de Segurança Interior da Polícia Nacional francesa, será utilizado no Aeroporto Internacional de Salvador, aumentando a segurança aeroportuária e agilizando a vistoria de passageiros, especialmente em voos internacionais.

O scanner, baseado em tecnologia de ultrassom, é capaz de detectar armas, explosivos e drogas ocultadas no corpo, inclusive cápsulas ingeridas. A medida busca não apenas coibir o crime, mas também proteger pessoas vulneráveis aliciadas por organizações criminosas. Em casos de rompimento das cápsulas, a chance de sobrevivência é mínima, já que não existe antídoto imediato para overdose de cocaína.

Até 12 de novembro, 14 pessoas foram presas em flagrante por tráfico internacional no aeroporto, com apreensão de cerca de 52 kg de drogas — número que já supera as apreensões de 2024, quando foram registrados 50 kg e 12 prisões. A principal forma de ocultação continua sendo a ingestão ou inserção em cavidades corporais, prática que expõe mulheres jovens, cis e trans, socialmente vulneráveis, ao risco extremo.