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YouTube exclui 22 vídeos com fake news sobre eleições

O YouTube apagou nos últimos dez dias ao menos 22 vídeos contendo desinformação e mentiras sobre a urna eletrônica e as eleições. A limpeza é a maior já feita pela plataforma desde que as novas regras da empresa sobre desinformação eleitoral começaram a valer, em março, de acordo com monitoramento da Novelo Data.

O YouTube apagou nos últimos dez dias ao menos 22 vídeos contendo desinformação e mentiras sobre a urna eletrônica e as eleições. A limpeza é a maior já feita pela plataforma desde que as novas regras da empresa sobre desinformação eleitoral começaram a valer, em março, de acordo com monitoramento da Novelo Data.

A ação foi posta em prática dois dias após reportagem do GLOBO identificar 1.960 vídeos circulando na plataforma com mentiras sobre as eleições, totalizando 58 milhões de visualizações. O valor se reverteu em monetização de até R$ 1 milhão para youtubers bolsonaristas que produziram o conteúdo enganoso, segundo cálculo feito pela Novelo e agência Bites.

Somam 45 os vídeos com enganação sobre fraude eleitoral apagados pelo YouTube em menos de três meses, sendo quase 50% entre 31 de maio e 2 de junho — a empresa derrubou 11 deles em 1º de junho. A limpeza geral é maior. Houve a exclusão de outros vídeos acerca de temas que contrariavam as normas da plataforma, como bullying e Covid-19.

Um dos vídeos derrubados, do Canal Professor Bellei, afirmava que o segundo turno da eleição seria fraudado e pedia intervenção militar no país. Outro repercutia transmissão ao vivo de Jair Bolsonaro na qual o presidente prometia comprovar fraude nas urnas eletrônicas — o que ele mesmo assumiu posteriormente não ter em mãos.

O canal OPNews TV, do militante Walter Biancardine, com 10,5 mil inscritos, teve cinco vídeos excluídos em dois dias. Um deles afirmava que haveria “77% de chances de fraude” nas eleições. Há na leva também conteúdos dos canais bolsonaristas Folha Política e Jornal da Cidade Online.

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A estratégia envolve jogar suspeição não apenas sobre o sistema eleitoral, mas também a respeito das pesquisas de intenção de voto — tidas por bolsonaristas como dados fraudados que corroborariam uma vitória falsa de adversários do presidente.

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