Com um placar de 5 a 2 pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria para condenar o ex-presidente da República a inelegibilidade até 2030. O julgamento foi finalizado nesta sexta-feira (30) após três sessões de análise. Ainda cabe recursos.
Os votos favoráveis à inelegibilidade foram dos ministros Benedito Gonçalves, Floriano de Azevedo Marques Neto, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Segundo decisão, Bolsonaro foi condenado por abuso de poder político e o uso indevido dos meios de comunicação, quando suscitou dúvidas sobre o processo eleitoral.
Os ministros Raul Araújo e Kassio Nunes Marques foram contra a acusação. O último voto do julgamento foi da ministra Cármen Lúcia, que afirmou que o ex-presidente fez um “monólogo”, sem passar a palavra para perguntas dos embaixadores presentes.
“Se tratou de um monólogo em que se teve a autopromoção, desqualificação do Poder Judiciário. A crítica faz parte. O que não se pode é o servidor público, no espaço público, fazer achaques contra os ministros do Supremo como se não estivesse atingido a instituição”, afirmou.
O julgamento foi dividido em três sessões. Na terceira, após o placar de 3 a 1, o julgamento foi suspenso e retomado nesta sexta-feira (30).