Autoridades alemãs teriam apreendido o superiate de US$ 600 milhões (R$ 3,06 milhões) pertencente ao bilionário russo Alisher Usmanov em um estaleiro de Hamburgo.
Usmanov estava em uma lista de bilionários para enfrentar sanções da União Européia em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro. Ele veio quando o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, disse que havia apreendido um iate ligado ao chefe da Rosneft, Igor Sechin, no porto mediterrâneo de La Ciotat.
O Ministério das Finanças disse que o iate era de propriedade de uma entidade da qual Sechin havia sido identificado como o principal acionista.
O iate Dilbar de 156 metros de Usmanov, avaliado em US$ 600 milhões e considerado o maior iate a motor do mundo em tonelagem bruta, foi apreendido pelas autoridades alemãs na quarta-feira, de acordo com um relatório da Forbes.
O conselheiro da Ucrânia para o ministro de Assuntos Internos, Anton Geraschenko, respondeu à reportagem no Telegram dizendo que o iate deveria ser enviado para a Ucrânia e reformado como um cruzador de mísseis.
Usmanov comprou Dilbar em 2016 por um custo relatado de US$ 600 milhões do estaleiro alemão Lürssen, que o construiu sob medida para ele ao longo de 52 meses.
A empresa o chama de “um dos iates mais complexos e desafiadores já construídos, em termos de dimensões e tecnologia”.
Na época de seu lançamento, o CEO da Lürssen, Peter Lürssen, disse: “Dilbar possui as tecnologias de segurança mais avançadas de qualquer superiate do mundo. Mas as coisas que você lê sobre ele contendo um sistema de defesa antimísseis antiaéreos são todas sem sentido”.
Com 15.917 toneladas, é o maior iate a motor do mundo em tonelagem bruta, e normalmente é composto por uma tripulação de 96 pessoas, com espaço para 24 passageiros em 12 suítes. Possui a maior piscina já instalada em um iate, além de dois helipontos, sauna, salão de beleza e academia.
Pelo menos cinco outros superiates pertencentes a bilionários russos estão agora ancorados ou navegando nas Maldivas, uma nação insular do Oceano Índico que não tem um tratado de extradição com os EUA, mostraram dados de rastreamento de navios.