Alex Curvello – é advogado e presidente da Comissão de Direito Previdenciário da Subseção do Litoral Leste do Ceará
Em tempos de muita discussão do que pode e do que não deve ser dito, a principal delas, a verdade dos fatos fica bem complexa de ser propagada, até porque a mentira muitas vezes vem “fantasiada” de autenticidade e aos olhos de muitos é enxergada como um fato.
Essa “fantasia” é utilizada por muitos no mundo, do ator, ao comunicador, político, jornalista, publicitário e muitos outros, sempre na intenção de que quem está escutando acredite no que está sendo dito sem pestanejar, seja por um equívoco sincero ou na real intenção de enganar.
Certa vez vi num livro que a verdade pode ser uma, muitas ou até nenhuma, difícil chegar a essa conclusão na época em que vivemos, pois cada ser humano quer impor o que acredita, sem nenhuma análise ou estudo do caso.
Tenho a compreensão de que na esmagadora maioria das situações é dever escutar as versões existentes, até porque um dos grandes equívocos da humanidade é defender um lado sem saber do outro, no equilíbrio fica uma visão privilegiada da verdade a ser alcançada.
Seja para qualquer assunto, o benefício da dúvida sempre deverá existir e isso é até divinal, afinal o livre arbítrio nos permite acreditar e escolher o que cada um quiser.
Em tempo, qualquer imposição que vai de encontro a liberdade de escolha, beira a uma mentira travestida de um axioma.
Sendo assim a mentira muitas vezes vem “fantasiada” de veracidade, sendo que não importa se a verdade está vestida ou não, visto que não tem do que se envergonhar, a verdade sempre merece ser dita, propagada e defendida, entretanto no tempo em que vivemos muitos preferem aceitar uma mentira vestida falsamente de verdade do que olhar a verdade desnuda.
A humanidade foi acostumada a acreditar em enredo, contos, fábulas e falsidades propagadas como verdade para “entretenimento” e quando é colocada para buscar a veracidade não consegue porque já está enebriada com a mentira encantadora.
O despertar individual é inversamente ligado ao desejo de acordar quem permanece dormindo, sendo assim a sua verdade pode não ser a da pessoa que está a sua frente e não há problema algum nisso, devendo sempre prevalecer o respeito, contanto obviamente que não possa ferir ninguém.