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PF abre inquérito para investigar repasses envolvendo pastores

A Polícia Federal (PF) abriu nesta sexta-feira (25) um inquérito para investigar a atuação de dois pastores como intermediários na liberação de recursos do Ministério da Educação (MEC) para prefeituras. O inquérito foi aberto a pedido da Controladoria-Geral da União (CGU). As informações são do O Globo.

O objetivo da investigação é apurar se houve prática de crimes pelos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos em um suposto esquema de favorecimento indevido de prefeituras na liberação de recursos do Ministério da Educação. Agora, a PF fará investigações sobre o caso, e as provas que forem levantadas poderão embasar uma abertura de ação na Justiça.

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), também solicitou a abertura de um outro inquérito na noite de quinta-feira (24), a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, para investigar o ministro da Educação, Milton Ribeiro, que tem foro privilegiado. Noutra decisão, a ministra também deu 15 dias para procurador dizer se vai querer investigar o presidente Bolsonaro, indicando que ele também deveria ser alvo da apuração.

Em nota à imprensa na quarta-feira, a CGU disse que sua apuração foi concluída em 3 de março e que sugeriu o encaminhamento do caso à Polícia Federal. O órgão, porém, não citou nominalmente os pastores nem relata detalhes sobre a investigação, que foi feita sob sigilo. A CGU informou que encontrou indícios da prática de crimes na oferta de propinas para liberar recursos do MEC, mas sem achar irregularidades por parte de agentes públicos.

A CGU soltou nota sobre sua apuração depois de o ministro da Educação ter dito que havia solicitado ao órgão uma investigação sobre as suspeitas de que dois pastores, Arilton Moura e Gilmar Silva dos Santos, atuariam irregularmente para liberar recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse em uma gravação que priorizou a liberação de verbas prefeituras cujos pedidos foram negociados por dois pastores. O ministro afirmou que ter sido “um pedido especial” do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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