Um pedido de impeachment do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga foi protocolado nesta quinta-feira (20), no gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) pelos presidentes da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Paulo Jerônimo, e do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Alexandre Telles.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o documento traz como justificativas para o pedido de impeachment, a atuação do ministro no combate à pandemia e a demora da pasta em viabilizar a vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19. O texto também acusa o Queiroga de agir com negacionismo e de ser “completamente submisso” aos desejos de Jair Bolsonaro (PL), que foi a público dizer ser contra a imunização infantil.
As entidades também apontam que o ministro incorreu em crime de responsabilidade por recusar a priorizar a saúde das crianças, “negando-lhes o direito à vacinação ou criando obstáculos à sua realização”.
A primeira aplicação de imunizante contra a covid em uma criança no Brasil ocorreu no dia 14 de janeiro, quase um mês após a autorização do órgão sanitário.
No início de janeiro, um grupo de médicos encaminhou ao Conselho Federal de Medicina (CFM) uma solicitação para abertura de processo ético-profissional contra Queiroga. A alegação é que o titular da Saúde do governo Bolsonaro teria cometido infrações éticas graves no exercício da medicina.
A representação ressalta que, mesmo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tendo aprovado o uso da vacina Pfizer/BioNTech em crianças de 5 a 11 anos em 16 de dezembro, o ministro não tomou as medidas cabíveis para a execução da imunização.