Ícone do site Bahia Pra Você

MPT resgata 24 trabalhadores em condições análogas à escravidão

A Polícia Federal (PF), em operação conjunta com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), realizou uma fiscalização, nesta segunda-feira (2

Um total de 24 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão em Olhos D’Água (MG), segundo informações do Ministério Público do Trabalho (MPT). A fiscalização foi realizada em uma fazenda de corte de eucalipto e de produção de carvão.

De acordo com o órgão, os trabalhadores estavam submetidos a alojamentos sem água potável, energia elétrica, sanitários e instalações com telhas de amianto. Os serviços eram realizados sem equipamentos de proteção individual. Um jovem de 17 anos foi encontrado realizando o trabalho de desgalhador, atividade que consta na lista das piores formas de trabalho infantil.

Além de resgatar os trabalhadores, o MPT vai acionar na Justiça a empresa que os contratou para realizar o pagamento de indenizações por danos morais e coletivos e solicitar a inclusão da firma na Lista Suja do Trabalho Escravo.

A operação de resgate também contou com a participação de auditores fiscais do trabalho e agentes da Polícia Federal.

Em 6 de abril, o Ministério Público do Trabalho (MPT) em São Paulo iniciou um processo contra uma família da cidade de Santos, no litoral paulista, por manter uma mulher negra, hoje com 89 anos de idade, em situação análoga à escravidão nos últimos 50 anos.

ANÚNCIO

De acordo com o MPT, a idosa foi admitida nos anos 70 como empregada doméstica para trabalhar em uma casa em Santos. Durante os 50 anos seguintes, ela não recebeu nenhum salário ou qualquer auxílio financeiro.

Na Bahia, no dia 30 de março, uma doméstica de 52 anos foi resgatada em Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, depois de permanecer por quatro décadas submetida a condições análogas à de escravo.

A operação de fiscalização da Comissão Estadual de Combate ao Trabalho Escravo da Bahia (Coetrae-BA) teve participação do Ministério Público do Trabalho (MPT), de auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Previdência Social, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), da Defensoria Pública da União (DPU) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A vítima, identificada apenas pelas iniciais M. S. S., foi retirada do local de trabalho, encaminhada para a residência de seus familiares e um acordo com a empregadora irá garantir o pagamento de verbas rescisórias e de indenização por danos morais.

Sair da versão mobile