Entregadores e motoristas de aplicativos farão nesta terça-feira (29) uma paralisação em pelo menos 16 cidades do Brasil, por melhorias em serviços e condições oferecidas por empresas como Uber, 99 e iFood.
Organizadores prometem que os protestos terão alcance nacional. A paralisação foi confirmada nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Carapicuíba (SP), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Aracaju (SE), Teresina (PI), Manaus (AM), Recife (PE), Porto de Galinhas (PE), Vitória de Santo Antão (PE), Caruaru (PE), Garanhuns (PE), Petrolina (PE), Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR).
Melhores condições de trabalho, aumento da remuneração das corridas e rechaço à alta no preço dos combustíveis são as reivindicações que unem as categorias nas mobilizações que, em algumas cidades, levam o nome de “apagão dos aplicativos”.
Segundo os trabalhadores de apps, os recentes aumentos no preço dos combustíveis diminuíram os ganhos com corridas e entregas. As demandas incluem, por exemplo, reajuste que reponha as altas recentes do Gás Natural Veicular (GNV), corrida mínima no valor de R$ 10 e regulamentação da profissão.
Nesse mês, uma pesquisa vinculada à Universidade de Oxford sobre a atuação dessas e mais três plataformas no Brasil apontou condições de trabalho indecentes nas empresas.
Segundo o relatório, nenhuma plataforma brasileira obteve mais de 2 pontos, em um máximo de 10, em avaliação baseada em cinco princípios de trabalho justo — remuneração, condições de trabalho, contratos, gestão e representação justos.
Há meses entregadores de app ventilam a ideia de um breque nacional contra as plataformas em 1° de abril, o dia da mentira. A isso se somaram as mobilizações de motoristas da Uber e da 99 previstas para 29 de março.