No dia 21 de agosto (sexta-feira), às 19h, a série “Solos de Estar”, do Balé Teatro Castro Alves (BTCA), estreará o seu quinto solo: “Imus”, com criação e interpretação de Dayana Brito. Do latim, “Imus” significa profundo, que está no fundo; íntimo. E o que há mais íntimo do que si próprio? Esta é a questão deste trabalho, que poderá ser visto no canal de YouTube do BTCA www.youtube.com/baleteatrocastroalvesbtca.
Neste momento de isolamento social, ver-se, ouvir-se e conhecer-se novamente dentro do espaço habitado, o corpo-casa, trazem uma onda de movimentos, ora de pausa, retorno, ora de avanço. Reconhecer gostos, saberes, necessidades, vínculos. Para além, o limite entre o pessoal e o público. Através das redes sociais, essa barreira se reconfigura. “Imus” é um convite, um convite para estar. Todo o mundo dentro de casa: a família distante, o trabalho e a intimidade da própria vida. Tudo no mesmo espaço, intercalando e misturando os tempos. Dayana Brito reflete sobre a reconexão consigo mesma e a fragilidade dos limites entre o que está dentro e o que está fora em tempos de reclusão.
Sobre o projeto “Solos de Estar” – Mantendo linhas de criação em meio às políticas de isolamento social determinadas por conta da pandemia da Covid-19, o BTCA promove a série “Solos de Estar”, em que seus bailarinos se debruçam sobre os enfrentamentos humanos da necessidade de viverem com mais intensidade as suas próprias vidas íntimas, para então desenvolver trabalhos autorais. Os papéis sociais externos que, na grande maioria das situações, ocupam a maior parte de um dia comum, dão lugar à execução extremada dos papéis sociais domésticos. E, enquanto trabalho e casa se fundem, recursos do ambiente familiar compõem cenas de solos inéditos.