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Enviado do Brasil no Reino Unido pede desculpas à família de Dom Phillips

O embaixador brasileiro no Reino Unido pediu desculpas à família de Dom Phillips por informar incorretamente que seu corpo havia sido

O embaixador brasileiro no Reino Unido pediu desculpas à família de Dom Phillips por informar incorretamente que seu corpo havia sido encontrado na Amazônia junto com o de seu companheiro de viagem, Bruno Pereira.

Na manhã de segunda-feira (13), um funcionário da embaixada ligou para o cunhado e a irmã de Phillips para informar que os corpos do jornalista britânico e especialista indígena brasileiro haviam sido encontrados amarrados a uma árvore, uma semana após a dupla ter desaparecido no rio Itaquaí.

No entanto, essa informação foi posteriormente negada pela Polícia Federal, cujas equipes de ciência forense estão examinando uma área onde voluntários indígenas encontraram itens pertencentes aos dois homens desaparecidos na tarde de sábado (11).

Na terça-feira, o embaixador, Fred Arruda, escreveu à família Phillips para retirar a declaração da embaixada.

“Lamentamos profundamente que a embaixada tenha passado à família ontem informações que não se mostraram corretas”, disse Arruda.

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O diplomata brasileiro alegou que uma equipe multi-agências criada na embaixada de Londres para responder aos desaparecimentos havia sido “enganada” por informações recebidas de “oficiais investigadores”.

“Pensando bem, houve precipitação por parte da equipa multi-agências, pelo que peço desculpa de todo o coração”, acrescentou Arruda, insistindo que “a operação de busca vai continuar, sem poupar esforços”.

“Nossos pensamentos permanecem com Dom, Bruno, vocês e os outros membros de ambas as famílias”, disse o embaixador.

Phillips e Pereira desapareceram na manhã de 5 de junho enquanto voltavam de uma viagem de reportagem de quatro dias na região de Javari, na Amazônia.

Uma operação de busca liderada por indígenas até agora localizou vários itens pertencentes aos dois homens, em uma área de floresta inundada perto de onde se suspeita que tenham sido emboscados no rio.

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No entanto, ao contrário das informações passadas à família de Phillips pela embaixada, os homens ainda não foram encontrados.

Os desaparecimentos chamaram a atenção para o crescente desmatamento da Amazônia e o desmantelamento dos serviços de proteção ambiental e indígena do Brasil que ocorreram sob o presidente de extrema direita, Jair Bolsonaro.

Phillips, colaborador de longa data do Guardian, esteve na região para narrar a luta pelo futuro da maior floresta tropical do mundo e estava escrevendo um livro sobre o assunto, chamado How to Save the Amazon (Como salvar a Amazônia).

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