O visto australiano de Novak Djokovic foi novamente cancelado poucos dias antes do início do Aberto da Austrália. Nesta sexta-feira (14), o ministro da imigração australiano, Alex Hawke, exerceu o poder pessoal para cancelar o visto de Djokovic, o que provavelmente resultará na deportação do número 1 do mundo e o colocará fora da disputa pelo torneio de Grand Slam.
A decisão significa que Djokovic pode ser efetivamente impedido de reentrar na Austrália por três anos, a menos que possa provar em futuras solicitações que existem circunstâncias convincentes, como motivos de compaixão ou interesse nacional australiano.
Djokovic não foi levado de volta à detenção de imigração, mas participará de uma entrevista com autoridades de imigração no sábado, após a qual ele pode optar por deixar a Austrália ou recorrer da decisão.
Em um comunicado, Hawke disse que cancelou o visto “por motivos de saúde e boa ordem, [e] com base no interesse público”.
A Guardian Australia entende que o fundamento da boa ordem está relacionado ao impacto potencial do exemplo de Djokovic para os outros.
Hawke ignorou a perda do governo australiano no tribunal na segunda-feira (10), indicando que Djokovic teve seu visto restaurado apenas por “razões de justiça processual”.
Hawke disse que “considerava cuidadosamente as informações fornecidas” por Djokovic, seu departamento e a Força de Fronteira Australiana.
“O governo de Morrison está firmemente comprometido em proteger as fronteiras da Austrália, particularmente em relação à pandemia de Covid-19.”
A nova decisão de cancelar o visto provavelmente deixa o Aberto da Austrália sem uma de suas maiores estrelas e Djokovic – que buscava um recorde de 21º triunfo em Grand Slam – fica impedido de defender o título que conquistou nove vezes.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse que os australianos “fizeram muitos sacrifícios durante esta pandemia e esperam, com razão, que o resultado desses sacrifícios seja protegido”.
“Isso é o que o ministro está fazendo ao tomar essa ação hoje”. Morrison disse que não comentaria mais “devido aos procedimentos legais em andamento”.