O ramo da CPI da Pandemia que investiga a disseminação de fake news durante a pandemia já identificou 68 perfis nas redes sociais que divulgaram informações antivacina e propagandearam o uso do kit covid, com medicamentos como a cloroquina, que não funcionam contra a doença.
Os mesmos perfis também estimularam ataques contra o Supremo Tribunal Federal, acusando de delegar poderes para governadores e prefeitos decretarem o lockdown e impedir o governo federal de abrir a economia.
A CPI agora se prepara para quebrar os sigilos dos donos desses perfis, pedindo informações ao Facebook, Twitter e ao WhatsApp. O requerimento com esse pedido deve ser votado nesta quinta-feira (15). O Telegram não será alvo de requerimento porque os senadores ainda não conseguiram identificar responsáveis pela rede social no Brasil.
Os técnicos da comissão suspeitam que os perfis são ligados ao gabinete do ódio, como é chamado o grupo de pessoas que trabalha com o filho do presidente, Carlos Bolsonaro, administrando a rede de perfis bolsonaristas na internet.
A ideia é cruzar as informações desses 68 perfis com uma seleção prévia feita pela comissão das Fake News, que está suspensa, para saber se há casos de reincidentes. Ou seja, autores que já difundiam desinformação antes da pandemia e continuaram atuando durante a infecção do coronavírus.