A primeira pesquisa após a decisão do ministro Edson Fachin de anular todas as condenações do ex-presidente Lula, associada ao pior momento da pandemia traz um cenário novo nas possíveis disputas à presidência da República em 2022.
Segundo o estudo da Consultura Atlas, o presidente Jair Bolsonaro perderia no segundo turno para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e também para os ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), por pelo menos seis pontos percentuais.
O levantamento, encerrado nesta quarta-feira (10), quando Lula fez, sem oficializar, seu discurso de lançamento extraoficial de sua candidatura a 2022, mostra que o petista melhorou sua imagem e que Bolsonaro é afetado pela crescente rejeição à sua figura e ao governo no auge da pandemia no país.
Segundo a pesquisa Atlas, numa simulação de primeiro turno, Bolsonaro aparece com 32,7% das intenções de voto, contra 27,4% de Lula, formando o primeiro pelotão isolado – o presidente oscilou para baixo e Lula subiu cinco pontos em relação à pesquisa de janeiro.
Na sequência aparecem o ex-ministro Sergio Moro (9,7%), Ciro Gomes (7,5%), Luiz Henrique Mandetta (4,3%), o governador paulista João Doria (4,3%) e o apresentador Luciano Huck (2,5%). No cenário sem Lula, o ex-prefeito Fernando Haddad aparece em segundo lugar, com 15,4%.
Simulação de Segundo turno
Já no segundo turno mais provável pelos números atuais, Lula aparece com 44,9% contra 36,9% de Bolsonaro, 8 pontos de diferença – a disputa com Haddad seria mais apertada (43% a 39,4%), mas o petista também ganharia.
Na simulação de segundo turno com Ciro, o pedetista também bate Bolsonaro (44,7% contra 37,5%). O levantamento mostra uma boa performance de Mandetta em uma eventual disputa final, apesar dos números modestos do democrata no primeiro turno. O ex-ministro da Saúde bateria o antigo chefe por 46,6% contra 36,9%. Já o tucano Doria aparece em rigoroso empate com o presidente no levantamento, que tem margem de erro de dois pontos percentuais.