A brasileira Mary Hellen Coelho Silva, presa na Tailândia em fevereiro por tráfico internacional de drogas, foi condenada a nove anos e seis meses de prisão. Natural de Pouso Alegre, no Sul de Minas, Mary Hellen foi presa no país asiático junto a outros dois brasileiros em fevereiro deste ano. A família temia que ela fosse condenada à pena de morte.
Segundo informação de uma das advogadas de defesa da jovem, Kaelly Cavoli Moreira, a sentença foi proferida no domingo (8), mas a embaixada só teria recebido a informação na quarta-feira (11). Já os advogados só tomaram conhecimento da decisão na madrugada desta quinta-feira (12) por meio de um e-mail do consulado brasileiro.
As informações ainda são preliminares, porque, até a última atualização desta reportagem, os advogados não haviam recebido a sentença completa.
“A gente teve uma pena muito positiva, melhor do que a gente esperava. Nós já tínhamos descartado a pena de morte e a prisão perpétua. Estamos caminhando para uma pena humana, o mundo precisa ir contramão de penas desumanas”, afirmou Kaelly.
A defesa estuda agora pedir o “perdão real” ao rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn, que está no trono desde 2019.
A Tailândia é um dos países onde o tráfico de drogas pode ser punido com pena de morte, dependendo do tipo de entorpecente, da quantidade e das circunstâncias. No caso da cocaína, a lei mudou no final de 2021, e a pena máxima passou a ser de 15 anos de prisão.
De acordo com a advogada de Mary Hellen, a sentença se divide em dois anos por crime civil e sete anos e seis meses são por crime penal.
Ainda de acordo com a defesa, após ter acesso à sentença, os advogados tentarão a extradição da jovem, para que ela possa cumprir a pena no Brasil.
O advogado Telêmaco Marrace, que também defende defesa de Mary Hellen, afirma que ela entrou de “mula” na Tailândia e não sabia da existência da droga dentro da mala.