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Boate Kiss: Justiça condena os quatros réus

Justiça anula julgamento de condenados da boate Kiss

Luciano Augusto Bonilha Leaon (C), 44, accused in the case of the Kiss nightclub, is seen during his trial, in Porto Alegre, Brazil, on December 1, 2021. - Four men are accused in the case of a 2013 fire that swept through a nightclub in Santa Maria, southern Brazil, killing 242 people and injuring 636. (Photo by SILVIO AVILA / AFP)

Chegou ao fim nesta sexta-feira (10) o julgamento de quatro réus acusados por 242 mortes no incêndio da Boate Kiss, que ocorreu em 27 de janeiro de 2013. Os quatro foram condenados. Ao todo, foram ouvidas 12 vítimas, 16 testemunhas e um informante. O júri, composto por seis homens e uma mulher, chegou a um veredito após dez dias de depoimentos.

Este caso, com mais de 19 mil páginas, é considerado o maior e o mais longo da Justiça do Rio Grande do Sul. O Ministério Público pedia a condenação de todos os acusados por homicídio doloso, quando o acusado tem a intenção ou assume o risco de morte. A sustentação foi feita pelos promotores David Medina da Silva e Lúcia Helena Callegari, e pelo assistente de acusação Pedro Barcellos, representando as vítimas. Já os advogados dos acusados pediram absolvição ou pelo menos alterar a pena de dolo para culpa.

Depois da deliberação do júri, o juiz Orlando Faccini Neto leu o veredito. “A sentença é longa, é pública, mas não vou ler inteira”, disse. Ele afirmou que todos foram condenados. “A culpabilidade dos réus é elevada, mesmo em dolo eventual. Este muito (tempo de vida) não foi retirado por obra do acaso”, comentou. Depois passou a ler parte do veredito, ele anunciou o tamanho das penas de cada um:

Os quatro réus respondiam por homicídio simples, consumado 242 vezes (total de vítimas) e tentado outras 636 (número de sobreviventes). O incêndio na Boate Kiss começou durante o show da banda Gurizada Fandangueira, quando Santos disparou um artefato pirotécnico, atingindo parte do teto do prédio, que era coberto por uma espuma e pegou fogo rapidamente.

Além do incêndio que provocou a morte de muitos jovens naquela noite, outra parte das vítimas morreu após inalar a fumaça tóxica liberada com a queima da espuma de proteção acústica no teto. Segundo a perícia e relatos de sobreviventes, não havia ventilação adequada ou extintores de incêndio apropriados no local.

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Fonte: Eduardo Amaral/Estadão

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