Essa taxa, que serve de referência para outras taxas na economia brasileira, foi elevado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de 6,25% para 7,75%, um aumento de 1,5 ponto percentual, e analistas atribuem a elevação a uma crescente inflação e à percepção de descontrole sobre os gastos do governo federal, principalmente em um período pré-eleições de 2022.
Com a alta de preços da energia elétrica e dos combustíveis, a inflação alcançou, em setembro, 1,16%, o maior patamar para aquele mês desde 1994, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 12 meses, o índice já está em 10,25%.
A elevação é maior que a indicada pelo Banco Central na reunião anterior, em setembro, quando a alta foi de 1%. Em eventos nas últimas semanas, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e diretores do órgão reiteraram que a ideia era manter esse ritmo nas decisões seguintes.
Diante da incerteza fiscal e da expectativa de que a inflação fique acima da meta pelo segundo ano consecutivo, com impacto direto no orçamento das famílias, a expectativa de economistas é de que a taxa Selic continue subindo.