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Aras abrirá investigação preliminar sobre offshore de Guedes

Mais de 40 procuradores que atuam na área dos direitos humanos e fundamentais do Ministério Público Federal (MPF) enviaram na terça-feira (19) ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um pedido para que o presidente Jair Bolsonaro seja investigado por causa dos ataques, sem provas, ao sistema eleitoral do país.

Antônio Augusto Brandão de Aras, indicado para o cargo de procurador-geral da República, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que vai “oficializar” Paulo Guedes acerca da offshore mantida por ele em um paraíso fiscal. Guedes é dono da Dreadnoughts, empresa que tem como sócias a mulher Maria Cristina Bolivar Drumond e sua filha Paula Drumond Guedes, aberta nas Ilhas Virgens Britânicas.

A informação só se tornou pública por meio dos documentos revelados pelos Pandora Papers, em uma investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto também criou empresas em paraísos fiscais, é o que mostra a série de reportagens.

“Trata-se de uma notícia que foi publicada pela imprensa. Com todo respeito à mídia, não podemos fazer investigações com base em notícias”, afirmou Aras ao Poder360. “O PGR fará, como de praxe, uma averiguação preliminar. Vamos ouvir algumas pessoas e requisitar documentos. Depois é que vamos fazer um juízo de valor se é necessário pedir a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal, que é o foro para quando há ministros de Estado citados. Mas tudo será dentro do devido processo legal. A primeira pessoa a ser ouvida será o ministro Paulo Guedes, que será oficiado e poderá com tranquilidade enviar todos os esclarecimentos. Podemos também oficiar órgãos de controle. Mas não faremos nenhum juízo de valor antes disso”.

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