O Instituto Adolfo Lutz identificou um caso de variante indiana no estado. O homem, morador de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos no sábado (22), e em cinco dias, circulou por São Paulo, Rio de Janeiro e em sua própria cidade, encontrando dezenas de pessoas.
O passageiro foi identificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pelo monitoramento no aeroporto e as autoridades já solicitaram os nomes de todos os passageiros que estavam com ele no voo e dos que tiveram contato no aeroporto e nos locais por onde ele passou desde que chegou no país.
Ele embarcou para o Brasil com um exame negativo de RT-PCR feito 72 horas antes do voo e segundo a Anvisa, assim que desembarcou, procurou um laboratório do próprio aeroporto de Guarulhos para fazer um novo teste, já que não se sentia bem.
Antes do resultado, viajou para o Rio de Janeiro, se hospedou em um hotel ao lado do Aeroporto Santos Dumont e, no domingo, viajou de carro até a cidade do norte fluminense. Com o teste positivo para Covid-19, o homem voltou para a capital do Rio e está em isolamento.
Com o resultado do exame em Guarulhos, o laboratório avisou a Anvisa, que alertou os demais órgãos de vigilância sanitária. Faltava, no entanto, confirmar se ele estava infectado pela nova cepa do coronavírus. A variante foi identificada pelo Instituto Adolfo Lutz, que sequenciou o vírus e descobriu tratar-se de fato da cepa indiana.
O órgão afirma ainda que “imediatamente após ser comunicada pela Anvisa, a Secretaria de Estado de Saúde iniciou, juntamente com o município no qual o aeroporto se encontra [Guarulhos], as medidas de investigação epidemiológicas necessárias. Foi solicitada a lista completa dos passageiros do voo, além dos nomes de todos os funcionários do aeroporto, laboratório e dos contatos do passageiro para isolamento e monitoramento. As equipes de vigilância do Rio de Janeiro também foram imediatamente notificadas para acompanhamento do caso”.