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Uso emergencial das vacinas de Oxford e CoronaVac são aprovados pela Anvisa

Por unanimidade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou neste domingo a autorização para uso emergencial de duas vacinas contra Covid-19 no Brasil. Todos os cinco integrantes da Diretoria Colegiada (Dicol) do órgão votaram a favor da aplicação dos fármacos.

Com a decisão da Anvisa, a vacina desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford e capitaneada pela Fiocruz poderá ser aplicada em grupos específicos a partir do momento que o laboratório produtor for comunicado, o que deve acontecer ainda neste domingo. De acordo com a Anvisa, no caso da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, a aplicação está condicionada à assinatura de um Termo de Compromisso e sua publicação no Diário Oficial da União.

“Esse Termo de Compromisso determina que, até 28/2, seja realizada e apresentada à Anvisa a complementação dos estudos de imunogenicidade, conforme aprovado no desenho de estudo clínico fase III da vacina”, explicou a Anvisa em nota.

Os estudos de imunogeinicidade trazem dados sobre a capacidade da vacina de gerar resposta imune nos pacientes. O dado, segundo a Anvisa, é fundamental para identificar a duração da resposta imunológica.

Relatora dos dois pedidos de autorização, feitos pela Fiocruz e pelo Butantan, a diretora Meiruze Freitas foi a primeira a votar e foi a favor do uso emergencial das duas vacinas. Os diretores Romisom Mota, Alex Campos, Cristiane Jourdan e o diretor-presidente do órgão, Antonio Barra, acompanharam a relatora.

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Último a votar, Barra criticou a politização em torno da discussão da vacinação no país. O diretor foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, que vem travando uma disputa pública sobre a imunização.

“[A aprovação ocorreu] em meio a um cenário de incertezas, agravado por pressões de todas as naturezas, infelizmente muitas vezes motivadas por razões outras que não a saúde pública”, declarou.

Ele acrescentou: “Temos vacina. Agora, num futuro concretamente tangível, nossa população contemplada nos parâmetros de uso emergencial poderá ter acesso aos imunizantes sob o símbolo dos centenários institutos brasileiros certificados por sua agência reguladora.

Ao proferir o voto, a relatora Meiruze pediu aplausos aos servidores do órgão. “Guiada pela ciência e pelos dados, a equipe de servidores da Anvisa concluiu que os benefícios da vacina superam seus riscos”,  disse a diretora, antes de aplaudir o trabalho realizado pela equipe técnica da Anvisa.

A diretora afirmou que ainda há incertezas que devem ser ressalvadas, mas frisou que os benefícios dos fármacos superam os riscos. “Ressalvadas algumas incertezas ainda existentes, os benefícios conhecidos e potenciais das duas candidatas superam os riscos conhecidos de cada uma delas. Entretanto, ambas atendem aos critérios de qualidade para uso emergencial”, afrimou a diretora.

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