O acordo coloca o executivo-chefe da Tesla no comando de uma empresa com 217 milhões de usuários e um papel influente na formação da agenda política e da mídia em ambos os lados do Atlântico. A relutância inicial do Twitter em aceitar uma transação pareceu desaparecer depois que Musk confirmou um pacote de financiamento para o acordo e os acionistas se animaram com ele.
Musk sinalizou que o Twitter será reformulado sob sua liderança, incluindo mudanças na moderação de conteúdo, tendo se descrito como um “absolutista da liberdade de expressão”.
O acordo ocorre após algumas semanas dramáticas de especulação sobre o futuro do Twitter, desencadeada pelo surgimento de Musk como o maior acionista individual da plataforma em 4 de abril. Ele então declarou uma oferta de aquisição de US$ 43 bilhões em 14 de abril, o que levou o conselho do Twitter a sinalizar seu descontentamento com suas propostas adotando a chamada defesa de pílula de veneno 24 horas depois.
No entanto, a aparente oposição do conselho do Twitter desapareceu depois que Musk elaborou um pacote de financiamento de US$ 46,5 bilhões para a oferta, incluindo US$ 21 bilhões de seu próprio dinheiro. Segundo relatos, tanto os acionistas quanto o conselho do Twitter começaram a levar a oferta a sério assim que o financiamento foi implementado.
O acordo não deve enfrentar sério escrutínio das autoridades de concorrência dos EUA porque os principais interesses comerciais de Musk – uma empresa de carros elétricos, o negócio de foguetes SpaceX e a empresa de túneis Boring Company – não competem com o Twitter.
No entanto, o acordo provavelmente atrairá comentários de políticos e órgãos de campanha, dada a influência do Twitter como fonte de informação e a posição de Musk sobre a liberdade de expressão.