Marcus Borgón – Escritor
Tem gente que diz que a literatura salva. Se não fosse a literatura teria caído na mendicância, sucumbido à loucura ou à criminalidade.
Comigo, não. O que me livrou da ignomínia foram os conselhos que o He-Man dava ao final de cada episódio; as aulas de ginástica da Ala Szerman; os pareceres sexuais da Marta Suplicy…
A tevê ligada e eu lá sentado, imóvel. Era uma espécie de vigília perante o altar de Santa Clara.

A minha voz interior tem a voz do Léo Batista.