O site bolsonaro.com.br deixou de estar sob o controle do presidente Jair Bolsonaro (PL) e agora passa a ser um site antigoverno. A informação é do Congresso em Foco.
Segundo as informações, após o domínio não ter sido renovado pelo clã do presidente, o site passou a ser do empresário Gabriel Baggio Thomaz, que adquiriu o site no dia 25 de janeiro deste ano e no último dia 11 de agosto alterou todo o conteúdo do site.
As postagens pró-governo e favoráveis ao presidente deram lugar a diversas críticas a Bolsonaro e seus filhos e arranjadas como uma exposição de arte intitulada “Ameaça ao Brasil”.
O espaço traz áreas como “plano para subverter o poder”, “corrosão das eleições”, “violência e ódio”, “disseminação da desinformação”, “corrupção generalizada”, “ascensão do neofascismo”, “política da morte”, “enfraquecimento do Estado de Direito”, “aliciação das Forças Armadas”, “subserviência a potências estrangeiras” e “fim da decência”.
“A estratégia bolsonarista segue o manual neofascista para enfraquecer a democracia”, destaca o site. “Conhecido como a “Tchuchuca do Centrão,” Bolsonaro entregou os cofres do país a políticos corruptos para se firmar no poder, sem deixar de enriquecer sua própria família”, traz a área sobre corrupção generalizada.
No site é possível perceber uma série de imagens ilustradas que retratam Bolsonaro como um demônio; um atirador que dispara vírus da Covid-19 com uma metralhadora; uma vaca que amamenta os chefes das Forças Armadas; um cachorro lambendo o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump; e um beijo com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
O espaço traz no final uma contagem regressiva que se encerra no dia 1º de janeiro de 2023. “Logo poderemos comemorar o fim desta terrível presidência, mas não vamos nos iludir: O bolsonarismo persistirá. A batalha contra o neofascismo deve continuar. Resistiremos, e venceremos”, conclui o site.
A mensagem que aparece no rodapé da página reforça: “Este site não é administrado e nem pertence à família Bolsonaro”.
O espaço foi criado em julho de 2002 e era utilizado por Bolsonaro e seus filhos Carlos Bolsonaro e Flávio Bolsonaro. Em uma captura de tela de novembro de 2002, o site traz o número de Bolsonaro para deputado federal e o de Flávio para deputado estadual. Ambos eram filiados ao Partido Progressistas, uma das bases do chamado Centrão.