Até este domingo (9), Salvador se transforma em palco de convergência cultural entre Brasil, França e África durante o Festival Nosso Futuro Brasil-França: Diálogos com África. A programação, iniciada na última quarta-feira (5), reúne jovens de diferentes países para debater temas como justiça climática, saberes ancestrais e cooperação internacional.
Nesta sexta-feira (7), o Fórum Nosso Futuro, realizado na Doca 1, no bairro do Comércio, promoveu mesas sobre convivência com as mudanças climáticas e construção de cidades sustentáveis. Entre os participantes esteve Saide Gustavo dos Santos, estudante da rede estadual e clarinetista do Neojiba, que também participou de uma visita guiada ao Mercado Modelo. Convidado para a mesa “Utopias Urbanas e Cidades em Formação”, o jovem destacou a importância do diálogo multicultural para enfrentar desafios globais.
Representando a juventude da COP30, Mikaelle Farias, engenheira de Energias Renováveis pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), participou da mesa “Cultura e Clima: os saberes do território como tecnologia para o futuro”. A especialista ressaltou que discutir cultura e clima é essencial para compreender práticas ancestrais e a resistência dos povos da diáspora diante das emergências ambientais.
Para Nivaldo Millet, coordenador de Políticas para a Juventude do Estado, o festival fortalece o pensamento crítico dos jovens e amplia oportunidades de emancipação. Segundo ele, a iniciativa é estratégica diante do avanço das crises climáticas e reforça a prioridade da juventude nas políticas públicas.
Além dos debates, o evento inclui exposições, apresentações musicais, oficinas educativas, mostras de cinema e experiências gastronômicas em diversos espaços culturais da capital baiana, como a Casa do Benin, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) e o Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC).
Realizado pelo Governo Federal em parceria com o governo francês e o Institut Français, o festival conta com apoio da Aliança Francesa de Salvador e do Governo da Bahia.

