O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (24), durante a abertura da Assembleia Mundial da Saúde, na Organização Mundial da Saúde (OMS) que o governo vem adotando a “firme recomendação” para evitar contágios. A informação foi dada um dia após o presidente Jair Bolsonaro promover um ato no Rio de Janeiro e gerar aglomerações.
Além disso, Queiroga ainda inflacionou o número de pessoas vacinadas e, ao pedir mais ajuda internacional para a campanha de imunização, omitiu o fato de o governo ter optado por não comprar doses em 2020 quando foi oferecido.
“Hoje, nossa maior esperança para permitir o retorno gradual e seguro à normalidade é a ampla vacinação. Até o momento, o SUS já distribuiu mais de 90 milhões de doses de vacinas e imunizou mais de 55 milhões de pessoas, dentre as quais mais de 80% de indígenas”, disse o ministro na OMS.
Nos números do consórcio de veículos de imprensa, entretanto, são 41,9 milhões de brasileiros que receberam pelo menos uma dose de imunizante. Até o momento, 20,6 milhões de pessoas foram beneficiados por duas doses.
No fim de semana, sem máscara, Bolsonaro e o ex-ministro Eduardo Pazuello participaram de um ato de apoio ao governo federal que terminou com um discurso em que atacou governadores e prefeitos que decretaram medidas de restrições devido à pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, as restrições são adotadas “sem qualquer comprovação científica”, na contramão do que dizem epidemiologistas, que recomendam distanciamento social.