Todas as praias de Salvador estarão fechadas para visitação do público a partir desta quinta-feira (24), quando é celebrado o São João, até domingo (27). A decisão é similar à que foi tomada pela Prefeitura na semana do Corpus Christi e visa coibir que eventuais aglomerações ocorram neste período de pandemia. O anúncio foi feito pelo prefeito Bruno Reis em coletiva virtual no Palácio Thomé de Souza, nesta segunda (21).
Na ocasião, o gestor comunicou que a administração municipal não adotará ponto facultativo na sexta (25), portanto, o expediente nas repartições municipais será normal. Também serão prorrogados, por mais sete dias, os decretos de enfrentamento à Covid-19 que estão em vigor na cidade. Ele ainda divulgou um balanço da situação epidemiológica da doença e do processo de vacinação.

Bruno Reis, prefeito de Salvador. Foto: Beto Jr./SecomPMS
De acordo com o prefeito, os principais índices que refletem a situação da crise sanitária na capital baiana estão caindo e que este mês de junho pode ser decisivo para que a cidade avance para novas flexibilizações. Isso, no entanto, vai depender de um esforço conjunto entre poder público e população.
“Faço apelo para este final de semana, mesmo sabendo que o São João tem mais tradição no interior da Bahia, para mantermos os cuidados e para que as pessoas evitem aglomerações. É importante esse esforço coletivo de todos. Passando por este mês de junho, se não tivermos problemas em julho, poderemos estar caminhando, em definitivo, para o final da pandemia na nossa cidade”, assegurou o prefeito, citando que as equipes de fiscalização serão reforçadas neste período junino para vistorias dos protocolos e restrições na cidade.
Números
Desde o início da pandemia, a capital baiana soma 221.200 casos de Covid-19. O número de óbitos da doença apresenta estabilidade, embora os dados ainda estejam em atualização, como explicou o prefeito.
Até ontem (20), esse índice apresentou queda de 73% (cinco registros diários) em relação ao dia 14 (havia 15 óbitos/dia). Também há um decréscimo de 93% do número de casos de coronavírus, sendo até ontem (20) contabilizados 34 registros por dia, em relação ao dia 14, quando a média era de 214 casos por dia.
Hoje (21), na rede municipal de saúde, a taxa de ocupação de leitos clínicos é de 68% e a de UTI, 76% – há uma semana os mesmos números eram 67% e 79%, respectivamente. Já as vagas clínicas pediátricas acumulam 62% de ocupação, enquanto as de terapia intensiva, 63%. Na semana passada, foram computados 73% de ocupação clínica e 56% de UTI, respectivamente.
Além disso, nas últimas 24h, foram regulados 40 pacientes que estavam sendo atendidos nas UPAs. A cidade amanheceu com apenas sete pessoas aguardando transferência, sendo apenas uma delas demandando por UTI.
Na rede particular de saúde, a situação também segue controlada. A taxa de ocupação de leitos de UTI para tratamento de pacientes com coronavírus está assim: Hospital Santa Izabel (71%), São Rafael (70%), Português (68%), Cárdio Pulmonar (70%), Aliança (74%) e Jorge Valente (73%).
“A rede privada, como um todo, está oscilando na casa de 70%. Há 15 dias esse número estava na média de 80%. Não há pessoas nas urgências de Covid, ou seja, as portas de entrada dos hospitais particulares estão vazias, pois, todo paciente que chega de imediato pode ser encaminhado para leito clínico e UTI. Por outro lado, há um movimento muito grande de pessoas com outras enfermidades. Isso é natural, pois, quando havia pressão maior causada pela pandemia, as pessoas evitavam procurar os hospitais com receio de serem contaminadas”, disse Bruno Reis.