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PIB cai e expectativa para 2022 é de ‘pibinho’

(FILES) In this file picture taken on October 11, 2019 Brazil's Economy Minister Paulo Guedes (L) speaks with Brazilian President Jair Bolsonaro during the ceremony marking the assembly of the parts of Brazil's new Navy submarine Humaita (SBR-2), at the Itaguai Navy Complex in Rio de Janeiro, Brazil. - Guedes, the powerful free-market guru to far-right President Jair Bolsonaro, said on August 11, 2020 that two of his top deputies had resigned in a "stampede." The minister is battling to steer Brazil back toward an agenda of austerity and privatizations -- no easy task during a pandemic that has hammered the country and forced the government into months of emergency spending. Guedes has now lost eight top aides since Bolsonaro took office in January 2019, nearly half his original team. (Photo by Mauro PIMENTEL / AFP)

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou queda de 0,1% no segundo trimestre, em relação ao primeiro. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera a pequena variação negativa uma estabilidade.

Na comparação com o segundo trimestre de 2020, pior momento dos efeitos da pandemia sobre a atividade econômica, a alta foi de 12,4%.

O resultado representa uma desaceleração em relação ao crescimento de 1,2% do PIB no primeiro trimestre, na comparação com o quarto trimestre de 2020, quando o bom desempenho da atividade foi puxado pela agropecuária, indústria e serviços. De abril a junho, dois desses componentes perderam força.

A agropecuária registrou uma queda de 2,8% em relação ao trimestre anterior, devido ao efeito negativo da estiagem e de geadas sobre a produção agrícola. Já a indústria recuou 0,2% na mesma base de comparação, impactada pela falta de insumos e alta dos custos de produção.

Na contramão, o setor de serviços manteve o crescimento (de 0,7% em relação ao trimestre anterior), graças à gradual reabertura da economia.

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As perspectivas dos economistas quanto ao desempenho da economia em 2022 são pouco animadoras: a inflação em alta deve levar o Banco Central a subir ainda mais os juros, com efeito negativo sobre investimentos e consumo. Além disso, o aumento de preços diminui o poder de compra das famílias, o que também prejudica a atividade econômica.

O descontrole das contas públicas e a volatilidade gerada pela corrida eleitoral devem piorar as condições financeiras o que também tende a prejudicar as condições de investimento.

Somam-se a esse quadro uma crise hídrica e do setor elétrico sem precedentes, além de um mundo que deve crescer menos em 2022, consumindo assim menos commodities brasileiras como minério de ferro e produtos agrícolas.

Diante desse cenário que os economistas avaliam como uma “tempestade perfeita” (expressão usada para uma coincidência de diversos fatores negativos), a perspectiva é de que o PIB brasileiro cresça menos de 2% em 2022, após avançar algo como 5,2% este ano — vindo de uma queda de 4,1% em 2020, devido à pandemia.

Assim, o diagnóstico dos economistas é unânime: vem aí mais um ano de ‘pibinho’ e isso tende a impactar a decisão dos eleitores em outubro de 2022.

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