Alex Curvello é advogado e presidente da Comissão de Direito Previdenciário OAB Litoral Leste Ceará @alexcurvello
Muitos tentam justificar o absurdo de tentar, invadir, aniquilar e controlar os sobreviventes daquele país ou região que “perdeu” uma guerra travada, entretanto, em um conflito não existem vencedores, todos saem perdendo por uma ideia desumana de que matar o próximo, a de que trará a paz para o que quer que seja.
Uma guerra é o jardim da morte, o mundo vem abaixo, essa tentativa de controle e o respectivo monopólio da força bruta pelo Estado têm como resultado uma sociedade que viverá amedrontada pelo medo, medo das consequências de uma luta sem sentido, quase que em sua totalidade ordenada por um sistema que nunca vai para o fronte.
Certa vez Erich Hartmann disse: “A guerra é um lugar onde jovens que não se conhecem e não se odeiam se matam entre si, por decisão de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam.”
Quando a gente faz um breve estudo histórico de nossas guerras; Cruzadas, Guerra Fria, 1ª Guerra Mundial, 2ª Guerra Mundial, Guerra do Iraque, Guerra do Vietnã e muitas outras, podemos compreender que pouco mudou em relação a conflitos em si, uma ideia ou outra de manipular parte de uma população pode até adormecer, mas a gana por poder de ser o “maior” sempre vai existir.
Com isso, percebe-se, que a justificativa inconsciente, aquela no fundo do que pode ser dito abertamente, é o controle absoluto daquela região a ser combatida, sabemos que os argumentos são os mais palatáveis possíveis, para ganhar apoio do povo, sendo que a realidade imposta esta inversamente ligada ao que é propagado.
O que me deixa sempre com esse pensamento de que uma guerra não vale de nada é que jamais, em tempo algum nenhum dos grandes Seres que pisaram em nosso mundo defenderam tais atitudes, Gandih, Lao-Tsé, Jesus, Martin Luther King, Buda, Nelson Mandela e muitos outros sempre acreditaram que o ser humano deve viver sua liberdade de forma plena.
A manipulação e controle de quem pensa ou age diferente do que o outro imagina ser o correto, não é a busca por paz, é o totalitarismo enrustido e injustificável.
Quase que constantemente o mundo vive uma época perigosa, o período de paz quase não é desfrutado em sua totalidade, alguém sempre ganha com o horror e nunca é a maioria.
Descarregar uma arma contra alguém para tentar uma vitória do que quer que seja, jamais entrará na minha cabeça, muito menos no meu coração como algo plausível.
Entendo por fim que todos podemos acreditar de coração que a liberdade e busca pelo bem comum vale a pena, toda manifestação pacífica é contagiante, ela se desenvolve e passa a concretizar principalmente ideias que favorecem a maioria, como os conceitos que buscam a defesa da democracia, dos direitos humanos e da independência nacional. Por isso, a resistência civil por sermos livres, mesmo que pacífica, surte efeito contrário a qualquer guerra.