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Papa pede à Coreia do Norte que o convide para uma visita

O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (26) que a Coreia do Norte o convide para uma visita, indicando que concordaria com a visita a Pyongyang. O comentário foi feito durante uma entrevista à televisão sul-coreana, quando o Pontífice garantiu que não desperdiçará nenhuma oportunidade de trabalhar pela paz.

O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (26) que a Coreia do Norte o convide para uma visita, indicando que concordaria com a visita a Pyongyang. O comentário foi feito durante uma entrevista à televisão sul-coreana, quando o Pontífice garantiu que não desperdiçará nenhuma oportunidade de trabalhar pela paz.

“Quando sou convidado, e isso é o mesmo que dizer por favor me convide, não digo não”, disse o argentino à emissora estatal sul-coreana KBS. “O objetivo nada mais é que a fraternidade.”

A possibilidade de uma visita papal à Coreia do Norte foi levantada em 2018, quando o então presidente sul-coreano, Moon Jae-in, estabeleceu contatos com o líder norte-coreano Kim Jong-un. O católico Moon revelou durante uma das cúpulas na ocasião que Kim lhe disse que o papa seria “entusiasticamente bem-vindo” em seu país.

Francisco, então, disse que gostaria de ir para a Coreia do Norte se recebesse um convite oficial. Mas os contatos entre Pyongyang e Seul foram paralisados após o fiasco da segunda cúpula entre Kim e o então presidente dos EUA, Donald Trump, em fevereiro de 2019, quando Washington tentava negociar um acordo de desnuclearização com a Coreia do Norte.

A divisão da Península Coreana foi selada em 1953, com o acordo que cessou a guerra que começara três anos antes. Tecnicamente, contudo, as duas Coreias continuam em guerra, dado que o conflito foi encerrado por meio apenas de um armistício.

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A relação recente, contudo, piorou desde a chegada do novo presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, em maio, que prometeu adotar uma política mais linha dura frente a Pyongyang do que seu antecessor. A Coreia do Norte, por sua vez, vem dando sinais frequentes de que poderia realizar um novo teste nuclear, o sétimo desde 2006 e o primeiro desde o anúncio de que o país não observaria mais uma moratória autoimposta há cinco anos, quando ainda negociava com Seul e Washington.

Kim Yo-jong, a poderosa irmã do líder norte-coreano, rejeitou na semana passada o pacote de ajuda econômica oferecido pela Coreia do Sul em troca da desnuclearização de Pyongyang, que iniciou seus testes atômicos depois de se retirar, em 2003, do Tratado de Não Proliferação Nuclear. O plano, disse ela, é o “cúmulo do absurdo”, descartando a possibilidade de negociações presenciais ou de maior engajamento com Seul.

A Coreia do Norte acusou o Sul de um surto de coronavírus em maio, e ainda no início deste mês ameaçou “varrer Seul do mapa” em retaliação.

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