Quem assiste aos primeiros minutos do filme tem que lidar com uma dúvida terrível: odiar ou amar a Pacarrete. Particularmente, aconselho que leve essa dúvida até o finalzinho da trama para descobrir o sentimento exato, cheio, claro, de boas risadas, que a personagem merece.
O filme se passa em Russa, uma cidadezinha no interior do Ceará, onde todo mundo sabe da vida de todo mundo e que não coincidentemente é também a cidade natal do diretor Allan Deberton. Pacarrete (Marcélia Cartaxo) é uma bailarina e professora idosa, treinada aos rigores do ballet francês e que alimenta o sonho de dar no dia do aniversário de 200 anos da cidade um grande presente: se apresentar para a população. A única coisa que ela não contava (ou talvez, sim) era que a cidade toda a considerava louca e que ninguém se importa com isso.
A partir daí, Pacarrete vê que o seu sonho não deve morrer e luta para mostrar aos russanos sua tão majestosa apresentação. Recheada de alegria, a trama nos envolve com muitas gargalhadas, sensibilidade, choros, raivas e principalmente esperança.
Insirado na vida de uma bailarina cearense, que era considerada louca pela cidade, Pacarrete foi premiado em oito categorias no 47º Festival de Cinema de Gramado em 2019 – onde angariou oito troféus e foi aplaudido de pé – o longa vem conquistando plateias e elogios ao longo das exibições especiais, no Brasil e mundo afora.
O elenco conta com Marcélia Cartaxo, Zezita Matos, Soia Lira, João Miguel.
Está disponível, em streaming, nas plataformas Apple TV, iTunes, Google Play, Youtube Filmes, Now, Vivo e Looke.