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Pablo Hasél é preso na Espanha por insultar a monarquia

A polícia espanhola prendeu nesta terça-feira (16), na Universidade de Lérida, o rapper Pablo Rivadulla Duró, conhecido como Pablo Hasél. O músico foi condenado a nove meses de prisão por insultos à monarquia e ataques às forças de segurança do país.

Símbolo da liberdade de expressão numa Espanha dividida, Pablo Hasél tinha até sexta-feira (12), para se entregar às autoridades. Mas garantiu no Twitter que não o iria fazer. “Seria uma humilhação indigna ir pelos meus próprios pés para uma sentença tão injusta. Terão que vir me pegar. Ainda falta solidariedade para travar este ataque tão grave às nossas liberdades.” Assim, barricou-se com dezenas de ativistas na universidade.

Os atos pelo qual foi condenado foram cometidos entre 2014 e 2016, em 64 tweets e uma canção que está disponível no YouTube.

A publicação que terá sido considerada mais grave incluía uma fotografia de um membro do grupo político terrorista Grapo. “As manifestações são necessárias, mas não suficientes. Apoiemos aqueles que foram mais longe”, escreveu o rapper.

No início de fevereiro, o rapper já tinha dito que não iria pedir nenhum indulto e descartou a hipótese de rumar ao exílio. “Se o que procuram é silenciar a mensagem e que outros não a reproduzam, prenderem-me vai resultar no oposto e pode ser mais útil para a causa do que estar exilado.”

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O independentismo da Catalunha é uma corrente forte, que se tem expressado nos últimos anos pela classe política local e pelos cidadãos nas ruas. Nos últimos tempos, várias personalidades de toda a Espanha demonstraram a sua solidariedade para com Pablo Hasél – ainda que seja uma questão que divide a opinião pública no país.

Centenas de figuras do meio cultural espanhol, entre as quais o ator Javier Bardem, as estrelas de “La Casa de Papel” Álvaro Morte, Alba Flores e Itziar Ituño; e o realizador Pedro Almodóvar, assinaram um manifesto onde defendiam a liberdade do rapper.

 

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