O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta aos líderes mundiais de que a pandemia de coronavírus “não está nem perto do fim”. Tedros Adhanom Ghebreyesus advertiu contra a suposição de que a variante Ômicron recentemente dominante é significativamente mais suave e eliminou a ameaça representada pelo vírus.
A intervenção ocorre quando algumas nações europeias registraram novos números de casos. A França registrou quase meio milhão de novos casos diários na terça-feira (18).
Pela primeira vez desde o início da pandemia, mais de 100.000 novas infecções foram registradas na Alemanha em 24 horas na quarta-feira (19).
Falando durante uma entrevista coletiva na sede da OMS em Genebra, Tedros disse a repórteres que a variante Ômicron levou a 18 milhões de novas infecções em todo o mundo na semana passada.
Embora a variante possa ser menos grave em média, “a narrativa de que é uma doença leve é enganosa”, disse ele.
“Não se engane, a Ômicron está causando hospitalizações e mortes, e mesmo os casos menos graves estão inundando as unidades de saúde”.
Ele alertou os líderes globais que “com o incrível crescimento da Ômicron globalmente, novas variantes provavelmente surgirão, e é por isso que o rastreamento e a avaliação permanecem críticos”.
“Continuo particularmente preocupado com muitos países que têm baixas taxas de vacinação, pois as pessoas correm muito mais risco de doenças graves e morte se não forem vacinadas”, acrescentou.
O diretor de emergências da OMS, Dr. Mike Ryan, também alertou que o aumento da transmissibilidade da Ômicron provavelmente levará a um aumento nas hospitalizações e mortes, especialmente em países onde menos pessoas são vacinadas.
“Um aumento exponencial de casos, independentemente da gravidade das variantes individuais, leva a um aumento inevitável de hospitalizações e mortes”, disse ele.