Um consórcio formado pelas operadoras Claro, TIM e Vivo arremataram nesta segunda-feira (14), sem concorrência, as operações de telefonia móvel da Oi por R$ 16,5 bilhões. O juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, onde corre o processo de recuperação judicial da empresa, ressaltou que a consumação da transação ainda depende do aval do Conselho de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Inicialmente, o trio de operadoras concorrentes fez em julho uma proposta dentro do valor mínimo estabelecido pela Oi, que foi de R$ 15 bilhões. Posteriormente, ainda em julho, as teles aumentaram o valor de sua oferta para R$ 16,5 bilhões, após serem surpreendidos, neste mesmo mês, por uma proposta da Highline do Brasil de valor superior ao mínimo estabelecido pela Oi.
Em 7 de agosto, a Oi, que vai agora se dedicar somente à operação de fibra óptica, anunciou assinatura de contrato de exclusividade nas negociações com o trio de concorrentes, que — ao fim do processo — acabaram escolhidas como stalking horse (ofertante preferencial ou primeiro proponente). Nessa condição, a oferta vinculante de R$ 16,5 bilhões feita pelas teles serviu de base para o leilão. As três tinham ainda o direito de cobrir qualquer outra proposta superior à delas.