Salvador enfrenta um aumento da procura por atendimento nas UPAs, uma taxa de ocupação dos leitos de UTI de 81% e o número de casos segue subindo. Esse é o cenário da pandemia do novo coronavírus na capital baiana. A cidade já registrou mais de 100 mil pacientes infectados pela Covid-19 e mais de 3 mil óbitos.
Segundo o secretário municipal da Saúde, Leo Prates, que concedeu entrevista ao Jornal da Manhã, da TV Bahia, nesta sexta-feira (18), a tendência é o aumento desses números. Prates se mostrou preocupado com as festas de final de ano. Ele acredita que a doença pode evoluir em todo o estado e prevê a chegada das piores semanas da pandemia.
O secretário contou que, na quarta (16) e quinta-feira (17), visitou as UPAs de Salvador para acompanhar o atendimento à população e percebeu que muitas pessoas têm buscado as unidades para realizar a testagem e poder viajar para o interior.
“Então você precisa entender que a testagem não é garantia de que você não está com a doença, quer dizer que você, naquele momento, não desenvolveu a doença. Então, essa testagem para ver os parentes não é 100% segura”, destaca.
De acordo com dados disponibilizados pela plataforma da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), que concentra os dados da Covid-19 em toda a Bahia, de quarta para quinta-feira, Salvador teve 601 novos casos de pacientes com o covonavírus.
Além disso, capital baiana está no topo da lista dos municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100 mil habitantes, com 23,06%. A situação também é preocupante em toda a Bahia. No último boletim, o da quinta-feira, o número de casos no estado registrou quase 5 mil em 24 horas.