Depois dos casos detectados nos navios de cruzeiro MSC Splendida, atracado no Porto de Santos e do Costa Diademia no Porto de Salvador, novos casos de suspeita de Covid-19 foram registrados a bardo de outro navio, desta vez no MSC Preziosa, que se encontra próximo a Cabo Frio, na região dos Lagos do Rio de Janeiro. A empresa responsável pelo navio emitiu nota confirmando os casos.
“(…) identificamos um pequeno número de casos de covid-19 entre as pessoas que estão a bordo do MSC Preziosa, que representa 0,6% do total da população a bordo”, informou a empresa. “Todos os casos são assintomáticos ou com sintomas leves”.
A companhia identificou os casos na rotina de monitoramento de saúde, que inclui testagens frequentes e diárias de 10% dos hóspedes e tripulantes. O grupo foi isolado em uma seção dedicada e separada do navio, em cabines com varanda, seguindo as medidas previstas para este tipo de situação.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou nesta sexta-feira (31) que o Ministério da Saúde suspenda provisoriamente a temporada de navios de cruzeiro na costa brasileira. A medida vem depois do aumento de infeções por Covid-19 em embarcações nos últimos dias.
A recomendação da Anvisa também considerou que, mesmo diante da elaboração de Planos de Operacionalização para a retomada da temporada de cruzeiros no âmbito dos municípios e estados, estabelecendo as condições para assistência em saúde dos passageiros desembarcados em seus territórios e para execução local da vigilância epidemiológica ativa, na prática têm sido observadas dificuldades impostas pelos entes locais diante da necessidade de eventuais desembarques de casos positivos para covid-19 em seus territórios.
“A manifestação da agência foi pautada no princípio da precaução, ao priorizar o impedimento da ocorrência de agravo à saúde pela adoção das medidas necessárias à sua proteção”, disse em nota a Anvisa.
A agência ressalta, porém, que a recomendação não afeta ainda as operações de navios de cruzeiro. “Até decisão final do grupo de ministros, as operações seguem, como regra geral, autorizadas, submetidas às regras sanitárias vigentes”, diz a nota, referindo-se à necessidade de uma decisão dos ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Infraestrutura para a recomendação entrar em vigor.