Todo dia é dia de feira. Com chuva, sol e mesmo em plena pandemia, centenas de trabalhadores acordam mais cedo diariamente para garantir os melhores hortifrutigranjeiros que povoam a mesa dos consumidores e colocar os produtos para vender nos mercados e espaços a céu aberto. Mas tem uma data que é especialmente celebrada pela categoria: o Dia do Feirante, comemorado nesta terça-feira (25).
De acordo com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), dos cerca de 800 trabalhadores que atuam nas feiras e mercados da Prefeitura de Salvador, 47% são mulheres. Elas dão duro para garantir a presença dos itens essenciais na mesa dos soteropolitanos e na delas próprias, muitas vezes em dupla ou tripla jornada, pois também costumam ser mães, donas de casa e fazer bicos.
Garantir a independência financeira, cuidar dos filhos e trabalhar sempre com um sorriso no rosto (para atrair a clientela) são os motivadores de Luzineide Silva, 46 anos, que ganha a vida na feira há 30. “Ser independente é essencial para ser feirante. O importante é se sentir bem, gostar do que faz e oferecer sempre o melhor aos nossos clientes”, afirma ela, que atualmente trabalha no Centro de Abastecimento Itapuã (Nacs), recentemente reformado Semop.
Essa disposição é compartilhada por Rosalia Santos, 34, que, com dez anos de profissão, é responsável pelo sustento de uma família de quatro pessoas. Além de feirante, Rosalia ainda faz faxina para fazer um extra. “É um trabalho que deveria ser mais valorizado pelas pessoas, e essa divisão, com o crescimento das mulheres ocupando cada vez mais espaço nas feiras e mercados, só demonstra nossa força”, diz ela, orgulhosa.
Atualmente, Salvador possui 35 feiras livres e 12 mercados municipais. Os mercados funcionam de terça-feira a sábado, das 7h às 18h, e aos domingos, de 6h às 13h. Já as feiras abrem de terça a sábado, das 6h às 17h, e aos domingos, de 6h às 13h.