O ator, roteirista e diretor Paulo José morreu nesta quarta-feira (11), aos 84 anos. O ator foi diagnosticado com Mal de Parkinson em 1993, e estava longe da TV há 7 anos. Ele deixa três filhas, as atrizes Bel Kutner, Ana Kutner e Clara Kutner, frutos do casamento com a atriz Dina Sfat (1938 — 1989), e um filho, o ator Paulo Henrique Caruso, nascido da união com Beth Caruso.
Segundo comunicado da TV Globo, o ator estava internado há 20 dias e faleceu em decorrência de uma pneumonia.
História de Paulo José
Nascido em Lavras do Sul (RS), em 20 de março de 1937, Paulo José Gómez de Souza iniciou a carreira no teatro amador, em Porto Alegre, antes de se mudar para São Paulo, no início dos anos 1960, quando começou a trabalhar no Teatro de Arena. Sua primeira peça como ator foi “Testamento de um cangaceiro”, de Chico de Assis, em 1961.
Ainda na década de 1960 estreou no cinema, no clássico “O padre e a moça” (1966), de Joaquim Pedro de Andrade. No mesmo ano estrelou, ao lado de Leila Diniz, “Todas as mulheres do mundo”, longa de Domingos Oliveira premiado no Festival de Brasília do mesmo ano e eleito, em 2015, pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), um dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.
A estreia na TV veio com a novela “Véu de noiva” (1969), da TV Globo, escrita por Janete Clair. Em 1972, atuou na novela “O primeiro amor”, de Walther Negrão
Em mais de seis décadas de carreira, Paulo José atuou em mais de 20 novelas e minisséries, como “Roda de fogo” (1986), “Tieta” (1989), “Vamp” (1991) e “Senhora do destino” (2004), todas na TV Globo. Na emissora, dirigiu as minisséries “Agosto” (1993), “Memorial de Maria Moura” (1994) e “Incidente em Antares” (1994).
Em 2017, o ator foi homenageado com o documentário “Todos os Paulos do mundo”, de Gustavo Ribeiro e Rodrigo de Oliveira, que destaca sua vida e obra e sua grande contribuição ao cinema, em mais de 50 produções, entre elas clássicos como “Edu, Coração de Ouro” (1967), “Macunaíma” (1969), “Eles não usam black-tie” (1981).