Ícone do site Bahia Pra Você

Morre o ator, cantor e ativista Harry Belafonte, aos 96 anos

Morreu nesta terça-feira (25), o cantor, ator e ativista dos direitos civis Harry Belafonte, aos 96 anos. Ele quebrou barreiras raciais na dé

Morreu nesta terça-feira (25), o cantor, ator e ativista dos direitos civis Harry Belafonte, aos 96 anos. Ele quebrou barreiras raciais na década de 1950. A causa da morte, segundo um porta-voz ao New York Times, foi insuficiência cardíaca congestiva.

Além de apresentar sucessos globais como Day-O (The Banana Boat Song), ganhando um prêmio Tony por atuar e aparecer em vários longas-metragens, Belafonte passou sua vida lutando por diversas causas. O artista, financiou várias iniciativas dos anos 1960 para trazer direitos civis aos negros americanos; campanha contra a pobreza, apartheid e Aids na África; e apoiou figuras políticas de esquerda, como Fidel Castro, de Cuba, e Hugo Chávez, da Venezuela.

Belafonte nasceu em 1927 no Harlem da classe trabalhadora, em Nova York, e passou oito anos de sua infância na Jamaica, terra natal de seus pais. Ele voltou para Nova York para o ensino médio, mas lutou contra a dislexia e desistiu no início da adolescência. Ele fez biscates trabalhando em mercados e no distrito de vestuário da cidade e, em seguida, alistou-se na marinha dos Estados Unidos aos 17 anos em março de 1944, trabalhando como carregador de munições em uma base em Nova Jersey.

Depois que a guerra acabou, ele trabalhou como assistente de zelador, mas aspirou a se tornar um ator depois de assistir a peças no American Negro Theatre de Nova York (junto com o também aspirante a ator Sidney Poitier). Ele teve aulas de atuação – onde seus colegas incluíam Marlon Brando e Walter Matthau – pagos cantando folk, pop e jazz em shows em clubes de Nova York, onde era apoiado por grupos cujos membros incluíam Miles Davis e Charlie Parker.

Ele lançou seu primeiro álbum em 1954, uma coleção de canções folclóricas tradicionais. Seu segundo álbum, Belafonte, foi o primeiro número 1 na nova parada de álbuns da Billboard nos EUA em março de 1956, mas seu sucesso foi superado por seu terceiro álbum no ano seguinte, Calypso, apresentando canções de sua herança jamaicana. Ele trouxe o estilo calipso para muitos americanos pela primeira vez e se tornou o primeiro álbum a vender mais de um milhão de cópias nos Estados Unidos.

ANÚNCIO
*Fonte: The Guardian
Sair da versão mobile