Mais uma pérola do Centro Histórico de Salvador está de cara nova, mas sem perder o caráter cultural e comercial, situado no coração da Baixa dos Sapateiros desde 1965. Depois do incêndio sofrido em 2017 e reconstrução de toda a estrutura realizada pela Prefeitura, o Mercado São Miguel voltou a funcionar a partir desta quinta-feira (5).
O equipamento funciona inicialmente de segunda a sábado, das 10h às 16h. Ainda de acordo com as regras de combate à pandemia, a entrada no local é controlada e limitada a 172 clientes ao mesmo tempo. Será aferida, ainda, a temperatura dos visitantes e disponibilizado álcool em gel. O uso da máscara é obrigatório.
Na terça-feira (3), todos os permissionários do mercado foram testados para detecção de Covid-19, seguindo determinação dos protocolos das autoridades sanitárias. A administração do espaço é realizada pela Semop.
Transformação
O novo Mercado São Miguel tem uma área de 4.460 m², sendo 1.671 m² de área construída. O investimento total é de R$5,1 milhões e o projeto teve como objetivo conservear a tradição do centro de compras, levando em consideração as necessidades arquitetônicas atuais, como elementos de acessibilidade e paisagismo.
No total, são 40 boxes para comercialização de itens diversos, 28 bancadas de hortifruti e seis restaurantes, ambiente para roda de capoeira, estacionamento com vagas para até 30 veículos e um santuário dedicado ao culto do santo, que recebeu a bênção do frei Edilson Santos, da Igreja do Convento de São Francisco.
O prefeito salientou que a reconstrução do mercado faz parte do foco da Prefeitura em investir na requalificação e preservação do Centro Histórico de Salvador. Dentre as ações mais recentes estão os recém-entregues arcos da Ladeira da Conceição, a requalificação em andamento do Terminal da Barroquinha e a muralha do Frontispício da Cidade, a ser entregue em breve.
“No início da gestão, conversamos com as pessoas que ainda resistiam no Mercado São Miguel. Foi tomada a decisão, dentro desse contexto de valorização do Centro Histórico, de recuperação de nosso patrimônio cultural, de colocar a antiga estrutura no chão e reconstruir um mercado novo, entregue hoje. Ele deverá se tornar um novo ponto de visitação turística e esse investimento, assim como os demais, é uma forma de projetar o futuro de nossa cidade preservando a própria história”, declarou ACM Neto.