Um juiz federal em Nova York autorizou na segunda-feira (6) o governo dos EUA a apreender dois jatos particulares de Roman Abramovich, depois que eles voaram para a Rússia após a invasão da Ucrânia, disseram autoridades.
A ordem da juíza Sarah Cave, com sede em Manhattan, é uma das várias sanções dos EUA e de outros países ocidentais destinados a bilionários da Rússia desde a invasão em fevereiro.
Solicitado por agentes federais no distrito sul dos EUA em Nova York, o mandato de Cave se concentra em um Boeing 787-8 Dreamliner e um Gulfstream G650ER, ambos pertencentes a Abramovich, que é um associado próximo do presidente russo, Vladimir Putin.
Os promotores do Departamento de Justiça dos EUA disseram em comunicado que ambos os jatos voaram para a Rússia em março, violando as restrições de exportação que os EUA impuseram ao regime de Putin por seu ataque à Ucrânia.
Não está claro quando as autoridades americanas poderão retirar os jatos de Abramovich, desde que evitem os EUA ou um dos territórios que o país controla. O Boeing, avaliado em US$ 350 milhões, está em Dubai, disse o departamento de justiça em documentos judiciais federais. O Gulfstream, avaliado em US$ 60 milhões, está na Rússia.
Abramovich é dono dos aviões por meio de empresas de fachada sediadas em Chipre, Jersey e nas Ilhas Virgens Britânicas, disse o departamento de justiça dos EUA. Além de apreender os jatos, disse o departamento, os promotores do governo estão buscando penalidades de até o dobro do valor.