Jornalista morre durante jogo entre Argentina e Holanda

O jornalista americano Grant Wahl morreu após sofrer um aparente ataque cardíaco no Lusail Stadium, onde cobria o segundo jogo das quartas-de-final, na tarde desta sexta-feira (9), em que a Argentina eliminou a Holanda nos pênaltis, avançando para as semifinais da Copa do Catar. 

Wahl, que era correspondente da CBS Sports e escrevia uma popular coluna Substack, tinha 48 anos. 

“Toda a família do futebol dos EUA está com o coração partido ao saber que perdemos Grant Wahl”, disse a Federação de Futebol dos EUA em um comunicado. “Aqui nos Estados Unidos, a paixão de Grant pelo futebol e o compromisso de elevar seu perfil em nosso cenário esportivo desempenhou um papel importante em ajudar a aumentar o interesse e o respeito por nosso belo esporte. Tão importante quanto, a crença de Grant no poder do jogo para promover os direitos humanos foi e continuará sendo uma inspiração para todos”. 

Wahl estava sentado na cabine de imprensa no nível superior do estádio quando desmaiou na prorrogação, fazendo com que os jornalistas ao seu redor retirassem as cadeiras e chamassem a assistência médica. 

Uma equipe de médicos chegou e começou a administrar RCP pelos próximos 20 minutos.  

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A esposa do jornalista, Dra. Celine Gounder, uma epidemiologista de doenças infecciosas que atuou na força-tarefa de coronavírus de Joe Biden, confirmou a morte de seu marido em um comunicado no Twitter. 

“Estou muito agradecida pelo apoio da família de futebol do meu marido @GrantWahl e de tantos amigos que entraram em contato esta noite. Estou em choque total”, escreveu ela. 

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, disse em um tuíte que os Estados Unidos estão “em contato com altos funcionários do Catar para garantir que os desejos de sua família sejam atendidos o mais rápido possível”. 

Wahl ganhou as manchetes no início do torneio, quando foi detido pela equipe de segurança do Estádio Ahmad bin Ali, no Catar, por usar uma camisa arco-íris na estreia dos Estados Unidos na Copa do Mundo contra o País de Gales. Ele disse que vestiu a camisa como uma demonstração de solidariedade à comunidade LGBTQ+. A homossexualidade é ilegal no Catar.