Alex Curvello é advogado e presidente da Comissão de Direito Previdenciário da Subseção do Litoral Leste do Ceará
Dentro de tudo que já foi nos repassado, ensinado e memorizado, José, o Pai de Jesus, era carpinteiro, ensinando desde sua infância a dignidade do trabalho para o filho, principalmente sobre a profissão que exercia.
Naquela época, era comum que os filhos seguissem a mesma profissão que o pai e consequentemente herdassem suas ferramentas e clientes, sendo assim, tudo leva a crer que Jesus foi um carpinteiro.
Podemos encontrar nos ensinamentos do evangelho que Jesus começou seu ministério aos 30 anos e foi crucificado aos 33 anos, idade que representa o conhecimento.
Entende-se que o profissional carpinteiro exerce suas funções com madeira, bruta ou maciça, essas madeiras são usadas em peças para uso em construções, com resquícios de pó e poeira em relação ao trabalho.
Sendo assim, as atividades laborais a que um carpinteiro é submetido, como os agentes físicos de exposição permanente, além de ruídos existindo ainda a possibilidade de encontrar agentes biológicos, químicos e insalubres na matéria prima utilizada, são fatores que ajudam numa eventual aposentadoria especial.
De mais a mais, as atividades laborais de um carpinteiro no dia a dia, são de ritmos intensos, muitas horas em pé, para cortar, unir e trabalhar materiais de madeira, ainda usam equipamentos pesados e por isso é necessário utilizar equipamentos de segurança.
Sabe-se que a aposentadoria especial é para os trabalhadores segurados que exercem suas atividades laborais exposto a agentes agressivos à saúde em sua jornada de trabalho de modo permanente, não ocasional nem intermitente.
Para requerer o benefício de aposentadoria especial, é necessário que o segurado trabalhe nestas condições por, 15, 20 ou 25 anos, de acordo com a norma existente, com a comprovação através do PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário.
Obviamente, sabemos que naquela época não existiam normas como as de hoje, até porque o trabalho vinha desde criança, 10, 12 anos, o que leva a entender o longo tempo que Jesus exerceu a atividade de carpinteiro.
Com isso, se fizermos um paralelo, considerando que o Ser mais puro e inteligente que já tivemos faria tudo dentro do que entendemos por correto, compreenderemos que Jesus conseguiria sua aposentadoria especial, até porque conseguiria comprovar mais de 20 anos do exercício como carpinteiro e sua efetiva contribuição, como não tinha idade mínima para requerer o descanso laboral, Jesus teria o benefício concedido e seguiria passando o melhor e mais puro conhecimento que a humanidade já teve.
Alex Curvello
Advogado
Presidente da Comissão de Direito Previdenciário da Subseção do Litoral Leste do Ceará