Em pouco mais de três anos, a Petrobras muda de comando pela terceira vez. Caio Paes de Andrade é o terceiro nomeado para dirigir a empresa petrolífera no governo Bolsonaro. O indicado assume a companhia sem experiência no setor, o que pode levar à judicialização da sua nomeação por ferir a lei das estatais e em meio a uma nova onda de críticas do presidente à política de preços da empresa, que está atrelada ao mercado internacional. Os repasses e altas recorrentes do preço na bomba afetam a popularidade do presidente, que busca a reeleição.
Esse movimento do mercado externo é mais pressionado pela guerra na Ucrânia, que elevou o preço do petróleo no mundo todo. O governo também trava uma queda de braços com os estados para conseguir reduzir o preço dos combustíveis na marra, sobretudo do diesel, que contamina mais a inflação já acelerada.
Caio Paes de Andrade assume a estatal quando o governo decide começar os estudos para a privatização da empresa. Citada como prioridade do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, a privatização da Petrobras tem pouca chance de sair do papel neste governo.