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Já era eterno, agora é imortal!

O compositor, cantor, músico, multi-instrumentista, político e escritor Gilberto Passos Gil Moreira é, agora aos 79 anos, o mais novo imortal. O soteropolitano foi eleito, na tarde desta quinta-feira (11), para ocupar a cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras (ABL), que pertencia ao jornalista Murilo Melo Filho, morto em maio de 2020. Gil disputou a vaga na academia com o poeta Salgado Maranhão e o escritor Ricardo Daudt.

Gil já havia sido convidado pelos acadêmicos para se candidatar para a vaga de Alfredo Bosi, com quem tinha certa proximidade. Mas, acabou preferindo disputar a vaga de Melo Filho. Ministro da Cultura de 2003 a 2008 no Governo Lula, o artista é um dos principais expoentes da música brasileira e liderou o movimento tropicalista, uma verdadeira revolução cultural, isso durante os anos de exceção da ditadura militar, chegando a culminar com o seu exílio.

Gilberto Gil dispensa qualquer tipo de apresentação e a sua escolha para a ABL, uma semana após a escolha de Fernanda Montenegro, representa uma guinada significativa da Academia. O presidente da ABL Marco Lucchesi, em entrevista à Folha, disse que ignorar a visibilidade desses nomes é “negar o óbvio”, mas que suas eleições não são motivadas por isso, e sim pela “compreensão de um senso mais amplo da cultura”, disse. “A Academia absorveu o conceito antropológico de cultura, no qual a literatura é um capítulo essencial, mas não exclusivo”, completou.

Na sua rede social, Gil, com a simplicidade de sempre, comemorou a sua eleição para ser o mais novo imortal.

 

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