Um levantamento divulgado pelo Portal Metrópoles no último domingo (24), especificou os gastos do governo federal na gestão Jair Bolsonaro (Sem Partido) com a compra de alimentos no ano de 2020. Segundo os dados, disponíveis também no Painel de Compras do Ministério da Economia, todos os órgãos do executivo gastaram mais de R$1,8 bilhão em compras incluindo itens considerados estranhos.
Só de Leite Condensado, o governo gastou R$ 15.641.777,49. Apesar do alto valor, o gasto foi menor do que o registrado em 2019, primeiro ano de governo, quando foram pagos R$ 26 milhões do produto.
Itens como uva passa, R$ 5 milhões, barras de cereal, R$13,4 milhões, ervilhas em conserva, R$12,4 milhões e iogurte natural, que representa R$ 21,4 milhões, também foram vistos na lista que possui ainda vinhos, carne defumada, chantilly e até mesmo R$2,2 milhões em gomas de mascar (o famoso chiclete).
Após a divulgação desses dados, o deputado David Miranda (PSOL-RJ) protocolou uma ação pedindo que o procurador-geral da República, Augusto Aras, investigue o gasto do governo federal em alimentos e bebidas no ano de 2020. O parlamentar solicita que o órgão apure o ocorrido e responsabilize o presidente Jair Bolsonaro. A ação também é assinada pelas deputadas Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Vivi Reis (PSOL-PA).
Já o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) protocolaram, nesta terça-feira (26), uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) contra a Presidência da República. Os parlamentares querem que o órgão investigue os gastos do Executivo em alimentação, que somaram R$ 1,8 bilhão em 2020.