Três semanas antes da rede hospitalar de Manaus entrar em colapso pela falta de oxigênio, o governo elevou o imposto de importação sobre cilindros usados no armazenamento de gases medicinais, que estavam isentos desde março de 2020, para facilitar as medidas de combate à covid-19.
Os cilindros de ferro adquiridos do exterior voltaram a ser taxados em 14%, e os cilindros de alumínio, em 16%, conforme resolução do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Camex, de 24 de dezembro de 2020, revogando a isenção do imposto de importação de 185 itens que estavam até então na lista de produtos considerados prioritários no combate à covid-19. Na prática, o fim da isenção tornou mais custosa a aquisição desses produtos.
A secretaria-executiva da Camex é ligada ao Ministério da Economia. Procurada, a pasta informou que as decisões de redução tarifária para auxiliar no combate à covid-19 são tomadas “com base nas recomendações do Ministério da Saúde, que é autoridade finalística sobre o assunto no âmbito do governo federal”. O Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre o tema.